Um novo olhar para a triste história de Anne Frank

Anne era uma jovem judia de origem alemã e morreu aos 15 anos, de tifo, em um campo de concentração de Auschwitz

Por: Lutti Afonso  -  16/02/20  -  15:25
O Diário de Anne Frank em Quadrinhos, por Ari Folman e David Polonsky
O Diário de Anne Frank em Quadrinhos, por Ari Folman e David Polonsky   Foto: Reprodução

Setenta e cinco anos após a sua morte, Anne Frank – a garota que sobreviveu e narrou o destino dela, de mais sete pessoas e de um gato durante a Segunda Guerra Mundial – ainda vive na história e esse clássico pode ser lido em formato de quadrinhos.


Anne era uma jovem judia de origem alemã e morreu aos 15 anos, de tifo, em um campo de concentração de Auschwitz, em 1945. Seus relatos foram publicados em O Diário de Anne Frank dois anos depois de sua morte e se tornou uma das obras literárias mais famosas do mundo.


O único sobrevivente foi seu pai, Otto Frank. Ele foi responsável por levar ao público toda a experiência dos dias que passaram escondidos em um cômodo em cima da sua empresa em Amsterdã, chamada de anexo secreto durante o Holocausto. Hoje, nesse prédio, funciona o museu a Casa de Anne Frank.


Duas versões dessa história em HQ estão disponíveis no mercado editorial para atrair novos leitores e um público mais jovem. Uma delas é a adaptação produzida em 2017 pelo diretor e roteirista Ari Folman e o ilustrador David Polonsky.


Com uma leitura mais rápida, dinâmica e totalmente fiel ao texto original, que tem o mesmo nome do livro, nos dá uma ideia realista e visual por meio das ilustrações de Polonsky e de toda a documentação histórica dos relatos sobre a perseguição aos judeus.


Durante esses dois anos, ela contou o dia a dia do confinamento, seus períodos de desespero e depressão, além do seu gosto pela arte, suas atrizes prediletas e sua obsessão por comida.


A obra comic traz um pouco de cor e leveza ao mundo de uma menina que teve de aprender a viver em silêncio, que sonhava em voltar a estudar e compartilhava esses sonhos com a sua amiga imaginária: o próprio diário, que apelidou de Kitty.


Outra HQ é Anne Frank – A biografia ilustrada, de Sid Jacobson, também de 2017. Esse quadrinho é pautado na família de Anne Frank com um material mais abrangente. Mostra desde como seus pais se conheceram até a contextualização histórica da pós-guerra. Não é apenas uma adaptação da vivência e do olhar de Anne. A narrativa é dividida em capítulos, com ilustrações de estilo tradicional do porto-riquenho Ernie Colón. 


Ambos os quadrinhos têm como objetivo mostrar ao público que, além do traço, cor e desenho, é possível conhecer Anne, entender seus sentimentos, vivenciar, refletir e compreender sobre o que foi o regime nazista. Uma época do lorosa não apenas para os habitantes do anexo, mas para todos que foram vítimas desse triste capítulo da história da humanidade.


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