Trama da nova novela da Rede Globo envolve amor impossível

Atração vai ocupar a faixa das 21h

Por: Estadão Conteúdo  -  30/04/19  -  11:30
  Foto: Divulgação/TV Globo

Na próxima novela das 9, 'A Dona do Pedaço', dirigida por Amora Mautner, que estreia na Globo no dia 20 de maio - no lugar de 'O Sétimo Guardião' -, o autor Walcyr Carrasco criou sua trama em torno dos protagonistas Maria da Paz (Juliana Paes) e Amadeu (Marcos Palmeira), que vivem um amor impossível por fazerem parte de duas famílias rivais, de justiceiros: ela pertence ao clã Ramirez; ele, ao dos Matheus. Mas são Dulce, personagem de Fernanda Montenegro, e Nilda, vivida por Jussara Freire, as grandes matriarcas dessas duas famílias.


São elas que, à sua própria maneira, comandam e protegem os seus pares. E, apesar da crueza da realidade em que vivem, Dulce e Nilda se tornam também polos de amor, de fortaleza para quem com elas convive. A primeira é avó de Maria da Paz e a ensina a fazer bolos - o que será importante para o futuro da neta. A segunda, mãe de Amadeu, defende ele e os outros filhos com unhas e dentes. 


Dulce está à frente dos negócios da família Ramirez. Já Nilda conta com o marido, Miroel Matheus (Luiz Carlos Vasconcelos). Elas são duas personagens-chave na primeira fase da trama, que se passa na fictícia cidade de Rio Vermelho, no interior do Espírito Santo. "São tantos anos de matança, então o início da novela é um acerto que detona a história a ser contada. Mata daqui, mata dali. Vingança de um lado e de outro, dentro de uma lógica deles de matança", conta Fernanda, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.


"Esses capítulos são muito bonitos, uma dramaturgia de grande qualidade dentro do melodrama e dentro do folhetim, que é uma expressão literária que, no fundo, como diz Nelson Rodrigues, está na base de toda e qualquer história humana que se conte. É uma história tão forte que detona uma explosão de crises e situações. E nisso o Walcyr é mestre", completa a atriz. 


O acerto ao qual Fernanda se refere é o atentado a Amadeu no dia em que ele se casa com Maria da Paz. Nos anos 1990, os dois se conhecem, se apaixonam e, mesmo sabendo da rivalidade das famílias, engatam um romance e marcam o casamento. E, no altar, Amadeu leva um tiro. Ninguém sabe de onde partiu, mas o clã Matheus atribui o atentado aos antigos inimigos e promete vingança. Isso faz também com que Nilda, como mãe, tome suas providências.


"Ela tem muito respeito pelo marido, mas é aquela mulher que tem prazer de ser o grande útero daquela família, ela tem prazer visceral em ser mãe daqueles meninos, e ela vai fazer tudo por eles. Nilda é um animal amoroso para cima dos filhos: não mexa com meus filhos", diz Jussara Freire, para a reportagem  Ela analisa a forma de agir e pensar de sua personagem. "Nilda é nascida nos anos 1950 e, portanto, dentro desse contexto, traz consigo 'meu marido é meu rei'. É difícil a gente falar disso hoje em dia, mas as mulheres dos anos 50 foram criadas assim. Teve os filhos nos anos 1970, mas ainda é a mulher que trabalha em casa, cuida das coisas."


Dulce e Nilda, no entanto, não terão um grande embate na história - fato que Jussara lamenta: "Não tive esse momento de glória". Fernanda explica. "Não tem embate nenhum com a Nilda, mas com o marido dela. O lado de lá tem macho, do lado de cá não tem macho tão forte quanto eu", diz.


"Somos duas matriarcas, só que sou muito mais velha. Tenho um matriarcado, porque os homens foram todos mortos. A Nilda não, tem o marido dela, que é quem comanda a gangue do lado de lá, mas ela é um elemento forte dentro da história. Tenho imenso prazer em trabalhar com a Jussara. Ela é adorável, espero que, num futuro da novela, talvez a gente se encontre."


Logo A Tribuna
Newsletter