'Star Wars: A Ascensão Skywalker' marca o fim de uma era

Nono e último episódio da saga encerra uma história de 40 anos, em grande estilo

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  19/12/19  -  12:53
Nono e último episódio da saga encerra uma história de 40 anos, em grande estilo
Nono e último episódio da saga encerra uma história de 40 anos, em grande estilo   Foto: Divulgação

'A Ascensão Skywalker' marca o fim de uma era. É a conclusão de uma franquia que cresceu muito em seus 40 anos de existência. Faz tempo que 'Star Wars' não é somente uma emblemática sequência de filmes. O universo de George Lucas foi expandido para games, séries de TV, animações, merchan, parques temáticos. Tudo!


E todo esse peso tem seus reflexos bons e ruins. Durante as 2h22 de filme, os roteiristas buscam responder tudo que ficou pendente na nova trilogia, sob comando da Disney. Ademais, eles também prestam homenagens aos personagens clássicos e praticam muito o fan service (aquela média desnecessária com os fãs).


Em síntese, amarrar todas essas pontas talvez tenha tirado o peso de um final impactante. Não tem grandes reviravoltas, como estamos acostumados em 'Star Wars'.


Entretanto, 'A Ascensão Skywalker' está muito longe de ser um filme ruim. É muito bem gravado, fotografia impactante, efeitos impressionantes, além de duelos memoráveis.


O duelo de sabres de luz é fantástico. Além de toda emoção canalizada da relação entre Rey (Daisy Ridley) e Kylo Ren (Adam Driver), o cenário é deslumbrante. Eles se enfrentam ao ar livre, no topo das ruínas da Estrela da Morte, um terreno baldio de metal corroído, que sofre com as porradas de ondas escuras do oceano.


O capítulo final da nova trilogia é ambientado depois dos primeiros esforços de reconstrução dos esquadrões rebeldes e já em um cenário onde Kylo Ren (Adam Driver) está ainda mais no comando das tropas dos vilões da franquia espacial.


Palpatine está vivo, com Ian McDiarmid retornando para interpretá-lo. Agora, seu desejo de esmagar o que resta da Resistência e estabelecer um reino de terror está mais forte ainda.


J.J. Abrams, que veio para a CCXP no início do mês, joga com cautela na direção. Apresenta a mesma segurança que trouxe em 'O Despertar da Força' (2015), o primeiro longa da nova trilogia.


Sobre os fan service, não entrarei em detalhes. Seria uma sacanagem com os fãs que aguardam tanto por esses momentos.


Algo que me incomodou um pouco foi a grande participação da falecida Carrie Fisher no longa. Não que a General Leia não merecesse essa atenção. Mas como sua aparição vem a partir de imagens descartadas de 'O Despertar da Força' e reanimadas por computador, chega uma hora que fica chato.


Para quem quer se atualizar com a franquia, antes de correr para o cinema e assistir 'A Ascensão Skywalker', existe uma sequência ideal dos outros oito filmes da série. A mais indicada começa com 'Uma Nova Esperança' (Episódio IV) e 'O Império Contra-ataca' (V). Posteriormente, a trilogia prelúdio, com 'A Ameaça Fantasma' (I), 'Ataque dos Clones' (II) e 'Vingança dos Sith' (III). Retorna para a trilogia clássica com 'O Retorno de Jedi' (VI). Os três filmes mais recentes vêm na sequência: 'O Despertar da Força' (VII), 'Os Últimos Jedi' (VIII) e 'A Ascensão Skywalker' (IX).


Optei por deixar os spin-off de fora, focando apenas nos episódios numerados da franquia. No entanto, caso queira incluir esses longas na maratona, o ideal é assistir 'Rogue One' entre 'Uma Nova Esperança' e 'O Império Contra-ataca'. 'Han Solo' faz sentido após 'Vingança dos Sith', antes de voltar para 'O Retorno de Jedi'.


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