Sobreviver à Noite é uma reciclagem de vários filmes de Bruce Willis
Pouco original, o longa dá a sensação que o astro está interpretando o mesmo personagem há anos
Nos últimos anos, Bruce Willis ligou o motorzinho e passou a estrelar diversos filmes de baixo orçamento. A lista é imensa, boa parte nem passou pelos cinemas (mesmo antes da pandemia, claro). Sobreviver à Noite (Survive the Night) é o mais recente deles. Está disponível no Looke, Google Filmes e outros serviços de locação online.
Infelizmente, Bruce Willis parece apenas reciclar seus papéis e trabalha com roteiros que aparentemente são releituras de outros filmes que ele fez nos últimos 15 anos. Todos sem o menor alcance se comparados com Duro de Matar e outras produções milionárias.
Em Sobreviver à Noite, Bruce Willis é um xerife aposentado, que mora com a esposa, o filho médico, a nora e uma neta. A família é feita refém após dois irmãos criminosos invadirem a residência na madrugada, em busca de uma cirurgia caseira em um deles, que foi baleado na perna.
Rich (Chad Michael Murray), o filho de Frank (Bruce Willis), é obrigado a fazer a cirurgia. Caso contrário, Jamie (Shea Buckner) matará todos da família. Mathias (Tyler Jon Olson), o irmão de Jamie, está em estado grave.
Quando Frank percebe que é possível dar o bote nos criminosos, uma troca de tiros coloca toda a família do xerife em risco. Mas a partir desse movimento, Rich resolve apoiar o pai e entrar de vez no combate com Jamie.
O filme é curto, tem pouco mais de 1h25 de duração, mas o suficiente para você ficar com uma sensação de deja vu. Sim, pouco original e com interpretações terríveis. Bruce Willis parece estar no modo automático fazendo qualquer coisa que aparece para cobrir o tempo livre da aposentadoria.
É complicado reconhecer isso porque sempre admirei o trabalho de Bruce Willis. É um dos nomes mais relevantes do gênero ação de Hollywood. Mas seguir reciclando personagens em filmes de gosto duvidoso não é o caminho.
O diretor de Sobreviver à Noite, Matt Eskandari, é um norte-americano de origem iraniana, que já trabalhou com Willis nessa fase meia boca da carreira do astro. Anteriormente, eles estiveram juntos em Trauma Center (disponível no Amazon Prime Video). E já preparam um terceiro filme em sequência juntos: Open Source, previsto ainda para este ano. Se for no mesmo nível dos dois primeiros, passe longe!
Mas comentei anteriormente, Willis segue inquieto. Prova disso é que ele está estreando mais um filme, apenas no Looke e Google Filmes: Fração de Segundos. Ainda nem assisti, mas vou esperar um pouco. A possibilidade de me decepcionar ainda mais fala mais alto.
Se a saudade bater, aproveite que Netflix, Globoplay e Amazon Prime Video têm um acervo ótimo de grandes produções do astro. Código Para o Inferno, Pulp Fiction, Sin City, Fogo Contra Fogo, Xeque-Mate e Catch 44 são alguns deles.
Já a fase mais duvidosa da carreira de Bruce Willis aparece com tudo no catálogo da Amazon Prime Video. É bem provável que Sobreviver à Noite e Fração de Segundos apareça rapidamente na plataforma. Moral da história: não alugue agora, aguarde!
