Silversun Pickups traz de volta 'hit' dos anos 1980 'Toy Soldiers'

Banda californiana, que conquistou fãs em festivais pelo mundo e trilhas de jogos, surpreende fãs com releitura de hit dos anos 1980

Por: Do Blog n’ Roll  -  05/08/20  -  12:07
Último álbum, Widow's Weeds, foi lançado no ano passado
Último álbum, Widow's Weeds, foi lançado no ano passado   Foto: Divulgação

Passeando pelo indie rock, pós-punk e shoegaze, a banda californiana Silversun Pickups conquistou o público em todos os festivais que passou nos últimos anos, incluindo o Lollapalooza Brasil, em 2017. Paralelamente, também deixou sua marca em trilhas de séries de TV (The Vampire Diaries,One Tree Hill e The O.C.) e jogos (Asphalt 8: Airbone e Need for Speed). 


A pandemia atrapalhou um pouco os planos de excursionar com o último álbum, Widow's Weeds, lançado no ano passado, mas a banda não parou. Recentemente, surpreendeu os fãs com uma linda versão de Toy Soldiers, hit da cantora Martika, nos anos 1980. 


“Meus amigos e eu tínhamos uma banda na minha casa, e a gente tocava músicas que a gente gostava na época. E Toy Soldiers foi uma dessas canções. Sempre que a gente ouvia ou tocava, pensávamos em quão boa ela era”, comenta o vocalista e guitarrista, Brian Aubert, que conversou com A Tribuna por telefone. “Recentemente, algumas pessoas comentaram sobre essa música e disseram que é uma das melhores dos anos 1980, mas que não é tão tocada quanto deveria. Por isso, acreditei que fazer um cover dela seria como relembrar parte de mim”.


Aubert ressaltou o desafio que foi fazer uma releitura, já que sempre preferiu investir seu tempo em canções autorais. “É surpreendente como as pessoas se conectaram com Toy Soldiers. Mas acho que fazer de novo (um cover) seria perseguir algo que não nos sentimos confortáveis em fazer”.


Toy Soldiers ganhou um videoclipe repleto de belas imagens e com os integrantes gravando a distância. O músico brinca que foi a produção mais fácil que ele já fez. “Temos que tentar mais vezes. Nossa amiga Claire teve a ideia de fazer um clipe mais digital, porque ela acreditava que combinaria com a música. Então, fizemos o que ela nos pediu, e foi basicamente isso. Adorei como foi tudo prático e rápido”. 


Evolução


A evolução sonora da banda desde o debute, Carnavas (2006), é notável. Quem acompanha o grupo há tempos percebe um nítido amadurecimento no trabalho. No entanto, Aubert acredita que tudo acontece de forma muito natural.


“É difícil pensar nisso, porque você se sente igual. Nós sabemos que estamos evoluindo e nos empurrando para frente. Mas, às vezes, é normal sentir como se nada tivesse realmente mudado. Então é difícil”.


O vocalista, sempre modesto nas respostas, afirma estranhar o fato do Silversun Pickups já influenciar bandas novas. Principalmente pelo fato deles mesmo terem seus próprios ídolos e inspirações.


“A gente não olha para nossa banda da mesma forma que vemos as outras. Eu nem sei direito como nossa banda soa (risos), às vezes nem parece real, porque sou eu tocando com meus amigos. Apesar de não nos levarmos a sério, outras pessoas fazem isso. E a gente tem uma relação muito boa com as pessoas que nos acompanham e que nos consideram como uma inspiração. Isso é muito louco”.


Ligação com o brasil


O líder do Silversun Pickups também comentou a ligação com o Brasil. Ele conta que desde o lançamento do segundo álbum, Swoon (2009), que os integrantes comentavam sobre a vontade de conhecer a América do Sul.


“Sabemos que tem toda uma questão logística e financeira. Sou feliz em fazer parte de uma banda estranha, mas infelizmente não somos uma banda rica. Tivemos a oportunidade de tocar em São Paulo no Lollapalooza, e foi muito especial. Acho que fomos a única banda que realmente aproveitou a cidade. A gente fez nosso show e saiu correndo para conhecer São Paulo. Não dá para ficar sentado no camarim, enquanto São Paulo está lá fora te esperando. Espero poder voltar o quanto antes”.


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