'Revela Bertioga' quer eternizar as belezas da cidade em fotos

Após quatro anos de hiato, o festival retorna de olho na democratização da fotografia

Por: Bruna Faro & Da Redação &  -  07/07/19  -  12:21
  Foto: Junior Castro / Divulgação

Pelas lentes das máquinas de profissionais e amadores apaixonados por fotografia, uma história pode ser contada e paisagens eternizadas. O festival 'Revela Bertioga' preserva essa arte desde 2012, exibindo imagens que valorizem a bela Cidade. O evento rodou a região pela última vez em 2015 e retorna em 2019 com sua quinta edição.


As inscrições para quem quer ter suas fotos expostas no festival começam segunda-feira (5). Os interessados terão até 8 de agosto para se cadastrar no site www.revelabertioga.com.br. Para tanto, é preciso enviar um e-mail com as imagens anexadas, que serão submetidas à seleção pela curadoria, para a semana principal do 'Revela Bertioga: a Semana da Fotografia', que acontecerá de 31 de outubro a 9 de novembro.


Pela primeira vez, o evento não será vinculado à Prefeitura de Bertioga, uma parceria que existia desde a primeira edição. Este ano, a realização é da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bertioga. Mas o Poder Público e o Sesc são apoiadores.


O 'Revela Bertioga' nasceu em 2012, numa iniciativa do fotógrafo Du Zuppani junto com seus filhos, Zé e Palê Zuppani. Palê faleceu muito jovem, há quatro anos, e era também um grande fotógrafo da cidade.


Para homenagear seu filho, aliás, Du, junto com Cadu de Castro, ambos produtores do evento, criaram o Prêmio Palê Zuppani de Fotografia. “Todos os anos a gente homenageia um fotógrafo e esse ano será o Orlando Azevedo, de Curitiba. O diferencial é esse prêmio, uma homenagem a Palê”, explica Castro.


Além dele e de Du Zuppani, a produção conta com Sandra Mella. Já a curadoria está a cargo de ninguém menos que o fotógrafo Delfim Martins.


Nesta edição, serão mais de 40 atividades, entre oficinas, cursos e exposições. As mostras, que começam na Semana Fotográfica, são as atrações principais. Serão seis exposições expondo um total de 210 fotos de cerca de 60 fotógrafos.


Castro conta que uma das vertentes mais importantes para montar o festival foi a democratização. “É extremamente importante a gente tentar democratizar a fotografia.Essa arte, por conta do custo de equipamentos, sempre teve um caráter mais elitista”.


Junto com Du, Castro busca dar espaço para todos que têm interesse em fotos, mostrando essa diversidade nas exposições e oficinas. Tanto assim que, desde abril, os dois, em parceria com o Sesc, estão dando aulas de fotografia. Até o momento foram quatro cursos para a comunidade, seis em escolas públicas, dois nas aldeias da Terra Indígena do Rio Silveiras e um para um grupo do Sesc de Bertioga.


E as atividades continuam até novembro. De acordo com o produtor, o festival acontece o ano todo com cursos, oficinas e workshops como esses.


O Revela Bertioga, além de divulgar a arte fotográfica, ajuda no turismo e na cultura local. “Criamos um processo de estímulo ao desenvolvimento da cultura fotográfica de Bertioga. A partir do momento que as pessoas passam a observar melhor a própria cidade, elas a valorizam mais”.


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