Representantes do setor cultural na Baixada Santista falam sobre o que esperam da área em 2022

A Tribuna procurou 10 especialistas e atuantes na Cultura regional

Por: Redação  -  01/01/22  -  07:04
A Tribuna procurou 10 especialistas e atuantes na Cultura regional
A Tribuna procurou 10 especialistas e atuantes na Cultura regional   Foto: Divulgação

Uma expressão, uma palavra, uma nota. A cultura – aqui restrita às expressões artísticas – é uma das mais espontâneas e necessárias formas de comunicação humana. Pela arte, muito além de informação, comunicam-se sentimentos, impressões, inspirações, do coração, da mente e da alma do artista, ao coração, à mente à alma da plateia, esteja onde estiver: no teatro, no cinema, na sala de leitura. Essa troca permite a elevação do ser ao que há de mais belo na nossa existência. E experimentar o belo através da arte é, ao mesmo tempo, acalentar a esperança de que o mundo tem jeito, de que o ser humano é muito maior do que a iniquidade que por vezes o consome. Enfim, é celebrar e reverenciar o eterno mistério da vida que pulsa em nós, para que possamos viver a arte.


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André Azenha, produtor cultural e crítico de cinema
Sonho com uma cultura forte, valorizada, porque com uma cultura forte e valorizada, o reflexo de um país que está em evolução, que tem todas as áreas fundamentais, saúde, educação, segurança, social, fortes e valorizados. A cultura é reflexo disso tudo, e eu sonho com isso tanto para a cultura brasileira, quanto regional.


Rafael Leal, secretário de Cultura de Santos
Meu sonho em âmbito nacional é que a cultura faça parte da agenda positiva do governo, ganhando cada vez mais força como base do desenvolvimento social e econômico do país. No que diz respeito a Santos, desejo uma retomada segura, para continuarmos ampliando as políticas públicas de desenvolvimento à cultura local, abrindo cada vez mais espaço para os nossos artistas e produtores mostrarem todo o seu talento, espalhando arte pela Cidade.


Karla Lacerda e Pedro Norato, diretores da Tescom - Escola de Teatro e do Fescete - Festival de Cenas Teatrais
Desejamos que em 2022 a pandemia seja da arte, que as pessoas possam se contaminar de arte e da sua própria cultura. E como aprendemos com Ana Mae Barbosa, a pessoa contaminada pela arte não se sente isolada em lugar nenhum no mundo.


É isso que a gente quer, que a arte e a cultura estejam presente em todos os lugares do mundo, para todas as pessoas e com todas as pessoas. Resgatando o Ministério da Cultura, fortalecendo a Secretaria Especial de Cultura e ampliando as políticas culturais do País!


Flávio Viegas Amoreira, poeta, escritor e crítico literário
Para 2022, plano nacional, a derrota do fascismo. A luta é política, contra o governo anticultura. No plano regional, a luta pela metropolização da cultura e a volta da Cadeia Velha para os artistas.


José Luiz Tahan, livreiro e editor
Sonho e vou trabalhar por mais um ano de reconstrução; desejo menos perdas pra classe cultural. É ano especial pro Brasil, e pra região também, em vista do protagonismo da região em capítulos históricos do País: 100 anos da Semana de Arte Moderna, 200 anos da Independência. Santos sendo palco desses capítulos tão importantes da nossa História, e como a cultura também está relacionada à História, que seja um ano de melhores ares para o Brasil.


Eduardo Ricci, produtor cultural e cineasta
Espero uma união maior pelo bem comum de todos, para todos e com todos, e que grupos que trabalham com cultura, sejam eles da parte municipal, quando estão na Secretaria de Cultura, ou da parte da classe artística, possam pensar na arte em primeiro plano. Muitos utilizam um modus operandi de se colocar em primeiro plano e a arte fica às vezes em terceiro, quarto. Então que a virada de chave do que aconteceu em 2020, 2021, possa nos ajudar a respeitar a singularidade dos artistas, criar uma melhor união e fazer com que a cultura seja essa troca e não apenas um jogo político e de interesses.


Claudia Alonso, diretora do grupo Orgone e da ONG TamTam
Meu maior sonho pro futuro imediato é que as pessoas entendam a cultura como parte do nosso desenvolvimento biopsíquico e social, enquanto prevenção a doenças e cura. A gente sabe o quanto o processo cultural, quando trabalha a saúde mental de uma pessoa, o estado de espírito de uma pessoa, previne doenças e auxilia no processo de cura. Entender a cultura não como um eventozinho, mas como algo fundamental para a manutenção da vida de uma forma saudável.


Fábio Salgado, produtor cultural da Pinacoteca Benedicto Calixto
Em 2022, sonho que a cultura da Baixada Santista seja cada vez mais repleta de paz e tranquilidade para que todos os trabalhadores da cultura possam executar os seus serviços de maneira calma e tranquila, com inspiração, atendendo e alcançando o maior número de pessoas possível, divulgando a arte e a cultura da região.


Júnior Brassallotti, presidente do Conselho Municipal de Cultura de Santos
Que em 2022, a cultura seja respeitada e valorizada e que a cultura volte a ter um ministério próprio. Que o Governo do Estado de São Paulo devolva a Cadeia Velha como centro de artes integradas para a Baixada Santista. E que todas as cidades da região tenham seus conselhos, planos e fundos de cultura ativos e operacionais e que as políticas públicas estruturantes sejam feitas a partir do diálogo constante com a sociedade civil, poderes Executivo e Legislativo, com projeto de fomento, formação e difusão. E que a secretaria de cultura de São Vicente, volte a ser uma secretaria e não uma subpasta.


Julinho Bittencourt, jornalista, músico e crítico musical
Desejo de todo coração que acabem a criminalização e o negacionismo na cultura, que ela volte a navegar com suas velas abertas, estufadas, com financiamentos públicos, privados, que a lei rouanet volte a funcionar plenamente e cada vez mais, já com os parcos recursos que ela dá e que tão querendo tirar. E que em Santos, particularmente, a gente continue a pulsar a cultura como tem sido nesses últimos anos, com a rapaziada fazendo cada vez mais e melhor.


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