'Queríamos fazer um álbum barulhento', contam integrantes do The Wildhearts

Banda inglesa divulgou em 2019 o disco Renaissance Men, primeiro do grupo nos últimos dez anos

Por: Matheus Krempel & Roberto Gasparro &  -  11/03/20  -  16:09
Banda inglesa foi formada em 1989
Banda inglesa foi formada em 1989   Foto: Divulgação

A banda de rock inglesa The Wildhearts lançou, no ano passado, o primeiro álbum em estúdio dos últimos dez anos – Renaissance Men – com a formação considerada clássica, de 1995, composta por Ginger (vocal e guitarra), CJ (guitarra), Danny McCormack (baixo) e Ritch Battersby (bateria). O disco foi bem recebido pela crítica e os músicos querem vir tocar na América do Sul, incluindo o Brasil, mas ainda não tem data para os shows por aqui. Confira trechos da entrevista:


Como vocês decidiram reunir a banda novamente? A ideia foi criar um álbum ou apenas algumas apresentações comemorativas? 


Danny McCormack: Não tínhamos tanta certeza de que eu viveria por muito tempo (risos). Eu não morri e não explodi ou explodi ninguém. Não perdi outra perna ou qualquer coisa. E, você sabe, nós realmente gostamos de compartilhar a vida nisso. Nós realmente gostamos da companhia um do outro novamente e fazia sentido gravar e documentar isso, documentar essa formação.


Renaissance Man é um álbum que foi muito bem recebido por críticos. O que você acha que o fez tão especial?


Ginger: Apenas soa como um álbum do Wildhearts para mim.


Danny: Nós não ensaiamos demais. Nós não entramos na sala e treinamos por horas, dias e dias, semanas e semanas, porque aprendemos. Fizemos poucos ensaios, mas nada que se compare ao que fazíamos tempos atrás. Foi quase espontâneo.


Ginger: Queríamos fazer um álbum barulhento e, então, fizemos um álbum cru. Quando ele saiu, ninguém mais estava por perto fazendo assim. Daí ele se destacou.


Sim, é um álbum muito cru. Podemos ouvir isso, especialmente quando estamos falando sobre esse álbum, podemos ouvir músicas como Dislocated (o primeiro single) ou Let'em Go, a música é crua, mas é completamente pop ao mesmo tempo.


Ritch Battersby: Sim. Acho que uma das coisas que mais me empolgou em gravar o álbum é o fato de cada música ter seu próprio personagem, sabe? Não havia duas músicas iguais. Isso tornou realmente agradável gravar e pensar no que cada música precisava.


Backyard Babies e Wildhearts estão juntos em uma série de shows. Vocês estiveram na Alemanha na semana passada, apoiando Backyard Babies. Como está sendo essa experiência? Vocês já fizeram algo assim antes com outra banda?


Danny: Não. Nós somos amigos dos Backyard Babies há 25 anos, mas nunca tocamos juntos, sabe? 


Ginger: Antigamente, quando estávamos em turnê, costumávamos ser a banda mais conhecida e então chamávamos duas bandas que estavam começando para abrir. Atualmente, acho que os promotores se sentem mais à vontade se escalarem três bandas com um a base de fãs. Eles querem vender ingressos.


Existe um plano para outro álbum ou álbum ao vivo?


Ginger: Somente se pudermos promover esse na América do Sul. Caso contrário, não gravaremos mais nada! (risos). Sempre há outro álbum, sabe? E se estivermos vivos e respirando, haverá outro álbum. Está tudo funcionando tão bem até agora.


É bom ver por fotos e vídeos vocês se dando tão bem. É muito legal, a vibração é boa. E podemos ver isso nos shows. Vocês parecem estar muito felizes!


Ritch: Nós somos realmente bons atores! 


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