Power, o top da vez da Netflix, não tem força...

O filme de ação peca pelo roteiro pobre

Por: Lucas Krempel  -  20/08/20  -  15:41
Power, o top da vez da Netflix, não tem força...
Power, o top da vez da Netflix, não tem força...   Foto: Divulgação

Já são quase seis meses de pandemia, isolamento social, gravações interrompidas no mundo todo, mas a Netflix segue imponente, lançando filmes com grandes estrelas de forma ininterrupta. A bola da vez é Power, que reúne Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt, Dominique Fishback e Rodrigo Santoro na linha de frente. Todas as produções, claro, gravadas antes da pandemia, mas finalizadas e lançadas durante esse período.


O filme estreou na última sexta-feira, está no topo dos mais vistos pela plataforma nos últimos dias, mas nem por isso é um longa de alto nível. Tem efeitos impressionantes, mas peca por um roteiro bem pobre.


Nas ruas de New Orleans, surge o boato de uma nova droga misteriosa que dá superpoderes exclusivos a cada usuário. O porém: você só descobre o efeito quando toma. Alguns desenvolvem pele à prova de balas, invisibilidade ou superforça. Outros têm uma reação mais mortífera.


Uma cena logo no início de Power chama a atenção para esses superpoderes. Frank Shaver, um policial local (Joseph Gordon-Levitt), persegue um homem nu e invisível que está em fuga pela cidade. Quando finalmente alcança o suspeito, ele leva um tiro no rosto, mas sua pele à prova de balas garante a sobrevivência. A cena é impactante, ainda mais pelo efeito e a maquiagem. 


Posteriormente, quando a pílula é responsável por um aumento perigoso da criminalidade em New Orleans, Shaver se une a uma adolescente que vende drogas (Dominique Fishback) e um ex-soldado movido por um desejo de vingança (Jamie Foxx). Os três se arriscam a tomar a droga para poder localizar e deter quem a criou.


Confesso que de todas as produções recentes de ação da Netflix, Power certamente é a que menos me cativou. Parece algo manjado, reciclado de outras ideias, apesar de divertido em vários momentos. Nesse ponto, entretanto, Troco em Dobro, o bagunçado Esquadrão 6 e The Old Guard funcionam melhor.


Muito dessa decepção também está na conta da dupla Henry Joost e Ariel Schulman, que já não possuem um currículo lá essas coisas. A parceria dos dois rendeu filmes de gosto bem duvidoso, como Atividade Paranormal 3 e 4, além de Viral. Nerve - Um Jogo sem Regras é o melhorzinho dos dois diretores.


A dupla também estará junta no longa Mega Man, baseado na franquia de games. Será que aqui finalmente eles conseguem conquistar o público de vez? Vamos aguardar! Mega Man ainda não tem data de estreia definida pelos realizadores.


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