P.V.T.S: quarteto mirim de rap já dá o que falar

Lançamento do primeiro single do grupo, de Cubatão, faz sucesso nas redes sociais, com compartilhamento de Kondzilla

Por: Lucas Krempel  -  03/06/20  -  14:01
Crianças – uma delas não aparece nas fotos – querem fazer rap com mensagens positivas e sem ofensas
Crianças – uma delas não aparece nas fotos – querem fazer rap com mensagens positivas e sem ofensas   Foto: Divulgação

Quatro crianças e um propósito: fazer rap com mensagens positivas, sem ofender ninguém e sem palavrão. Cauã (13 anos), Gustavinho (10), Gustavão (13) e DJ Gabriel (13), todos de Cubatão, formam o P.V.T.S., grupo que lançou recentemente o primeiro single, Meu Corre, que veio acompanhado de um videoclipe. 


A produção repercutiu bem nas redes. Uma das pessoas que compartilhou o trabalho dos meninos foi Konrad Dantas, o Kondzilla, considerado uma referência para os músicos. Um dos maiores youtubers do mundo, o guarujaense tem vários clipes de rap e funk em seu portfólio.


“Um clipe produzido pelo Kondzilla é um sonho com certeza. Também gostaria bastante de fazer uma parceria com o Djonga. A letra dele, o flow, o beat, tudo se encaixa certinho”, comenta Cauã, sem esconder a admiração pelo rapper mineiro.


Meu Corre faz parte do primeiro EP do grupo intitulado A Vida é Só Diversão. São três músicas: Meu Corre, Levanta e Anda e A Vida é Só Diversão. As letras versam sobre o universo adolescente como andar de skate, se divertir com os amigos e curtir a vida.


Cauã conta que sempre foi muito apegado ao rap. Conheceu o gênero a partir do pai, Joaquim, sempre muito envolvido com o cenário underground da Baixada Santista. Seu primeiro ídolo foi o Racionais MCs. “É um dos maiores grupos do Brasil. As músicas também são muito boas”.


Cauã reconhece que a realidade do P.V.T.S. é bem diferente da dos ídolos em início de carreira, mas faz questão de ressaltar a mensagem que quer passar.


“Graças a Deus nunca faltou nada para mim e minha família. Minha realidade é de um jovem classe média de Cubatão. Aqui não tem muitas opções de lazer ou algo para se fazer. Nossas letras falam de coisas que a gente gosta, como andar de skate, jogar futebol e se divertir com os amigos”.


Variedade no rap


Dentro do hip hop, Cauã é um artista bem eclético. Gosta de trap, acompanha as batalhas de rima pela internet e também nutre um carinho especial pelo rap geek.


“É bem parecido, mas no rap geek eles contam a história de personagens de animes. Esses são os mais conhecidos, mas também tem os de jogos. Vamos tentar sim fazer uma música desse estilo”.


Aluno do oitavo ano, Cauã ressalta que o pai ajuda nas composições. Além de estudar, ele divide o tempo com o skate e videogames. Joga bastante Fortnite e Free Fire.


Com o isolamento social, ainda não é possível cravar quando o P.V.T.S. sairá para fazer apresentações pela região. Enquanto isso, no entanto, os jovens artistas devem preparar o lançamento dos próximos singles. Mas sem dar pistas da data.
“Vamos lançar mais. Agora, quando? Não posso falar, se não perde a graça”, brinca Cauã.


Cenário regional


Atualmente, a Baixada Santista vive um cenário efervescente do hip hop. São diversas iniciativas de grafitti, dança, música e literatura na região. Todos com representantes de peso. Isto sem falar nas Batalhas de Rimas, já consagradas entre o público.


Lançamento do primeiro single do grupo, de Cubatão, faz sucesso nas redes sociais, com compartilhamento de Kondzilla
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Crianças – uma delas não aparece nas fotos – querem fazer rap com mensagens positivas e sem ofensas


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