Oscar 2020: A festa das estrelas acontece neste domingo

Chegou o dia mais esperado pelos cinéfilos. A partir das 20 horas deste domingo (9) todas as tenções estarão voltadas para o Oscar 2020

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  09/02/20  -  12:09
Atualizado em 09/02/20 - 12:26
Para ser elegível, longa deve ser exibido por pelo menos sete dias em Los Angeles
Para ser elegível, longa deve ser exibido por pelo menos sete dias em Los Angeles   Foto: Matt Sayles/Invision/AP

Premiações termômetros como Globo de Ouro, Critic’s Choice Awards e Screen Actors Guild (SAG) apontaram alguns prováveis vencedores do Oscar 2020, cuja 92ª cerimônia acontece neste domingo (9), a partir das 20 horas (horário de Brasília), com transmissões pela Globo, Globoplay e TNT.


Mas, justamente em Melhor Filme, a disputa parece bem aberta. 1917 e Parasita são favoritos, com Era uma Vez em Hollywood correndo por fora. Pela quantidade de vitórias em outros prêmios, nas últimas semanas, aparece como o mais cotado. Mas o lobby por Parasita cresceu bastante. E não seria surpreendente uma vitória coreana neste domingo.


Outras categorias, entretanto, parecem bem definidas, como Ator (Joaquin Phoenix, por Coringa), Atriz (Renée Zellweger, por Judy), Ator Coadjuvante (Brad Pitt, por Era Uma Vez em Hollywood) e Atriz Coadjuvante (Laura Dern, por História de um Casamento). Nesses casos, qualquer outro resultado será considerado zebra. Diretor tem Sam Mendes (1917) como favorito disparado, mas aqui ainda tem espaço para surpresas. No caso, com Bong Joon-ho (Parasita) ou até mesmo Quentin Tarantino (Era Uma Vez em Hollywood).


Confirmadas essas vitórias, a Netflix verá seus filmes ficarem de fora dos principais prêmios. É público e notório que a indústria cinematográfica de Hollywood joga contra a plataforma de streaming. Muitos consideram a Netflix a adversária dos cinemas. Uma bobagem sem limites.


Atores


A resistência é tão grande que mesmo filmes como O Irlandês, de Martin Scorsese, com grande elenco, não deve beliscar nenhum dos principais prêmios. Nesse caso, Robert De Niro foi ofuscado por Joaquin Phoenix, em Coringa. E entre os coadjuvantes, Al Pacino e Joe Pesci dividiram votos, abrindo caminho para uma provável vitória de Brad Pitt.


A premiação de Phoenix traz um dado curioso. Caso se confirme, será a segunda vez que um intérprete do Coringa fatura a estatueta. Anteriormente, em 2009, Heath Ledger também alcançou essa façanha, mas como Ator Coadjuvante em Batman: O Cavaleiro das Trevas.


A grande injustiça em Melhor Ator certamente é a ausência de Eddie Murphy (Meu Nome é Dolemite), que nem indicado foi ao Oscar. Para mim, uma baixa muito mais sentida do que Adam Sandler (Joias Brutas), como a imprensa especializada tem reclamado por aí. Ainda coloco Taron Egerton (interpretando Elton John em Rocketman) como injustiça ainda maior que Sandler.


Diversidade baixa


A edição 2020 também se destaca negativamente pela ausência de diretoras na categoria Melhor Diretor. Cineastas, atores e atrizes negros tiveram baixa participação entre os indicados. Mais uma vez Hollywood sendo Hollywood. Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres) estranhamente foi deixada de fora dos indicados da categoria.


Na questão racial, a disparidade é ainda maior. Dos 25 indicados entre Ator, Atriz, Ator Coadjuvante, Atriz Coadjuvante e Diretor, apenas uma é negra: Cythia Erivo. E não foi por falta de opções.


Animação


Voltando para o termômetro, Animação será uma das categorias mais disputadas. Link Perdido ganhou o Globo de Ouro, Toy Story venceu outros. Mas Klaus foi quem mais conquistou prêmios no início do ano.


Surpreendentemente, a Netflix emplacou mais indicados que a Disney aqui. Foram dois contra um (Perdi Meu Corpo e Klaus são os da plataforma).


Essa relação surpreendente acabou deixando de fora Frozen 2, somente a maior bilheteria de uma animação na história. Não que isso o credencie para o prêmio, mas o filme realmente é muito bom.


Documentário


Existe uma grande expectativa entre os brasileiros pelo prêmio de Documentário. Infelizmente, como quase tudo no Brasil ultimamente, já virou Palmeiras e Corinthians. Direita torcendo contra, esquerda sonhando com uma vitória.


Vale ressaltar que Democracia em Vertigem, da diretora Petra Costa, é uma grande produção. E a esperança de quem torce pelo filme é válida.


Infelizmente, no entanto, não deverá ser dessa vez a vitória brasileira na categoria. O macedônio Honeyland é considerado o maior favorito nas bolsas de apostas. Dificilmente não ficará com a estatueta. American Factory, disponível na Netflix, vem logo na sequência dentre as apostas para Documentário.


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