Opinião: Os melhores álbuns lançados em 2020

Confira as oito produções nacionais e gringas que se destacaram

Por: Lucas Krempel  -  30/12/20  -  13:33
Silva conta que chegar na sonoridade foi um desafio
Silva conta que chegar na sonoridade foi um desafio   Foto: João Arraes/Divulgação

A lista inicial contava com 141 álbuns internacionais, enquanto os nacionais somavam 159 lançamentos de alto nível. No entanto, o espaço nos permite destacar apenas os oito melhores discos de cada.


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É necessário deixar claro que é uma análise dos lançamentos de 2020, um ano muito afetado pela pandemia do novo coronavírus, mas que rendeu a audição de mais de 500 discos. O quesito popularidade ou gosto pessoal não são levados em conta.


Fora da lista final, vale menções honrosas ao eterno The Boss Bruce Springsteen, novamente com uma produção tão grandiosa em Letter to You, e Matuê, que impulsionou ainda mais o trap no Brasil, com a Máquina do Tempo.


Os nacionais


Cinco - Silva


O cantor Silva aproveitou a pandemia para colocar em prática ideias que estavam em mente há tempos. Em Cinco, ele convoca Anitta para cantar um ska, dá uma flertada com Los Hermanos e ainda grava com João Donato e Criolo.


Aos Prantos - Letrux


Indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa, o segundo álbum de Letrux consolida o belo trabalho desenvolvido por essa carioca extremamente talentosa.


Quadra - Sepultura


Gravado na Suécia, o novo álbum do Sepultura transita por vários subgêneros do metal. Tem o thrash mais clássico do grupo, o groove e a percussão afiada tal como em Roots, além de flertadas com o melódico, progressivo e sinfônico.


Tão Real - Rashid


Ele não para de surpreender. Em Tão Real, Rashid desenvolveu uma trilogia que simula o formato das séries de TV e trouxe, além das músicas do disco, um documentário em episódios, podcasts e um site oficial com outros conteúdos extras.


Assim Tocam Meus Tambores - Marcelo D2


Enquanto muitos artistas quebravam a cabeça para lidar com a pandemia, Marcelo D2 se trancou em casa, abriu um canal no Twitch e passou a divulgar o passo a passo da criação do novo álbum por lá. O resultado é esse ótimo disco. 


Crianças Selvagens - Hot e Oreia


Com bons samplers e letras repletas de críticas políticas e sociais, a dupla mineira Hot e Oreia mostrou que é possível fazer rap, ter uma postura firme, mas não necessariamente perder o humor. É um dos registros mais marcantes do ano.


O Líder em Movimento - Bk’


Os álbuns Castelos & Ruínas (2016) e Gigantes (2018) já haviam comprovado que Bk’ é muito bom na arte de storytelling. Mas em O Líder em Movimento, o carioca foi muito mais além. É a consagração do nome mais expressivo do Rio de Janeiro.


Bom Mesmo é Estar Debaixo D’Água - Luedji Luna


“É sobre respeitar o tempo do outro, o ritmo do outro”. A frase de Luedji Luna diz muito sobre o novo álbum. Do som às letras, nada conseguiu ser tão forte quanto esse disco. É para ouvir no repeat.


Os gringos


Ordinary Man - Ozzy Osbourne


Depois de quase morrer algumas vezes em poucos meses, Ozzy Osbourne ressurgiu das trevas e mostrou que ainda tem muita lenha para queimar. E, se não bastasse, ainda proporcionou o feat do ano com o Sir Elton John.


After Hours - The Weeknd


Ignorado pelo Grammy 2021, The Weeknd foi brilhante com After Hours. Save Your Tears é uma das músicas mais lindas do ano. A apresentação dela no American Music Awards foi um dos grandes momentos da música no ano.


Future Nostalgia - Dua Lipa


Nas músicas e videoclipes, Dua Lipa entregou a ideia do próprio título do álbum: nostalgia com flertes modernistas. Don’t Start Now, Physical e Love Again são ótimos exemplos de um disco com cara de retrô, mas revigorado.


Gigaton - Pearl Jam


Depois de sete anos sem lançar um álbum novo, o Pearl Jam fez um passeio pela sua discografia e resgatou um pouco do rockão alternativo do início da carreira, mas focou mais na produção experimental. Agradou!


Fetch The Bolt Cutters - Fiona Apple


Quem também estava sumida e retornou sem decepcionar foi Fiona Apple. Popular nos anos 1990, a cantora deixou as amarras comerciais de lado e explorou bastante a voz, piano e percussão nas faixas. 


Rough and Rowdy Ways - Bob Dylan


Não basta ser Prêmio Nobel de Literatura. Aos 79 anos, Bob Dylan lançou um dos seus melhores álbuns em anos. Vale lembrar que o antecessor, Tempest (2012), também já havia surpreendido muita gente.


Have You Lost Your Mind Yet? - Fantastic Negrito


Se a alcunha de Rei do Blues Contemporâneo fosse criada, Fantastic Negrito certamente seria o escolhido. Após levar dois Grammys com os seus dois últimos discos, ele concorre pela terceira vez em 2021. Esse flerta com outros gêneros.


The Album - Blackpink


O k-pop veio para ficar. Só não enxerga quem não quer. Depois de BTS e MonstaX, enfim, chegou a vez da Blackpink assumir o protagonismo. Com feats de Selena Gomez e Cardi B, o girlgroup colocou o povo pra dançar.


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