O primeiro e único álbum de estúdio do Mamonas Assassinas foi lançado em 23 de junho de 1995. Em pouquíssimo tempo, recebeu a certificação com disco de diamante, levando os cinco músicos ao estrelato em questão de meses, com shows lotados e cerca de 30 apresentações por mês.
A carreira meteórica da banda tinha tudo para seguir ascendendo, não fosse pelo trágico acidente aéreo ocorrido em 2 de março de 1996, que ocasionou na morte de todos os integrantes da banda e de toda a equipe a bordo da aeronave.
Mesmo com uma presença tão breve na música, o Mamonas continua fazendo sucesso. Suas músicas ácidas, cheias de referências ao rock internacional e letras politicamente incorretas, seguiram como hinos de libertação, questionando o status quo e os costumes da sociedade brasileira da época, que não está tão distante da atual.
25 anos após o acidente, a lembrança da banda instiga uma pergunta: o que eles teriam a dizer nos dias de hoje? Como o Robocop Gay ou seu Jumento Celestino seria recebido em um momento de tantas crises sociais, políticas e culturais? Conhecidos pelo tom debochado e sem pudor, suas críticas trariam diferentes sentidos para nossos tempos, talvez servindo para revitalizar o cenário pop nacional atual que voltou a pisar em ovos com vários "tabus" sociais.
Fora a reflexão e nostalgia, é importante reconhecer a importância que figuras tão despretenciosas tiveram em nosso cenário musical. O Mamonas não deixará de existir enquanto o Brasil precisar dele, e provavelmente nunca deixará de precisar. Afinal, sempre tem espaço para uma boa dose de rebeldia na arte.