Mautner presenteia público com novo álbum

Após 13 anos de hiato, o cantor e compositor lança o disco 'Não Há Abismo em que o Brasil Caiba', composto de músicas otimistas”

Por: Guilherme Gaspar & Colaborador &  -  12/05/19  -  17:50
Após 13 anos de hiato, o cantor e compositor lança o disco 'Não Há Abismo em que o Brasil Caiba'
Após 13 anos de hiato, o cantor e compositor lança o disco 'Não Há Abismo em que o Brasil Caiba'   Foto: Divulgação

“Um álbum composto por músicas otimistas, que enaltecem a cultura brasileira”. É desta forma que o cantor e compositor Jorge Mautner, de 78 anos, define o seu mais novo disco de estúdio, Não Há Abismo em que o Brasil Caiba.


O compositor, que não lançava um álbum desde Revirão (2006), portanto há 13 anos, retorna ao mercado da música com seu estilo único, sem escolher um público específico: “É para todos”.


O título do disco está relacionado a uma fala do filósofo português Agostinho da Silva (1906-1994), dita durante a crise do Governo Collor, que durou dois anos e nove meses (março de 1990 a dezembro de 1992).


Entre as 14 faixas do novo disco está Marielle Franco, música que além de prestar homenagem à vereadora do PSOL e ao motorista Anderson Gomes, assassinados no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018, faz uma dura crítica a movimentos extremistas e racistas.


A relação de Mautner com a política não é nenhuma novidade. Aos 21 anos, o músico se juntou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Foi preso em 1964, logo após o golpe militar. A liberdade ocorreu naquele mesmo ano. “Em Não Há Abismo em que o Brasil Caiba essa ideologia está inserida claramente no otimismo, na esperança e na fé”.


As outras canções que compõem o novo álbum são Ruth Rainha Cigana; Ouro e Prata na Mão; Oy Vey, Oy VeySegredo; Bang Bang; Catulina; Veneno; Destino; Imagens Plumagens; O Diabo; Bloco da Preta Gil; O Passado e Yeshua Ben Joseph.


Mudanças


Na carreira do compositor e escritor, as mudanças estão presentes como acontecimentos, desde o seu livro Deus da Chuva e da Morte, lançado em 1962.


“Durante os últimos 13 anos, fiz muitos shows. E é claro que as modificações vieram, afinal, elas acontecem cada vez mais rápidas”, revelou Mautner, ao citar uma fala do filósofo alemão Martin Heidegger: “Através da cibernética, viveremos em um mundo onde todos serão controlados e controladores”.


Mautner recordou também Nelson Jacobina, que dizia: “Que nada, vão ser descontrolados e descontroladores”. Para ele, isso aconteceu e segue acontecendo até hoje.


Logo A Tribuna
Newsletter