Machado de Assis no curta filmado em Santos

Conto do famoso autor inspira Monte Serrat, com Nuno Leal Maia

Por: Isabela dos Santos & Colaboradora &  -  27/10/19  -  16:11
Nos bastidores da gravação, alunos de cinema
Nos bastidores da gravação, alunos de cinema   Foto: Carlos Nogueira/ AT

Machado de Assis e pontos turísticos de Santos se encontram no curta-metragem Monte Serrat, produzido e dirigido pelo cineasta santista Francisco de Paula, de 56 anos. O filme retrata o conto Três Tesouros Perdidos, de 1858.


Além do Monte Serrat, as cenas se passam na Rua XV de Novembro, no Centro Histórico, e na Rua Marquês de Herval, s/n, no Valongo, ponto do bonde turístico. As gravações aconteceram ao longo da semana. Em cena, o também santista Nuno Leal Maia e os atores Cris Athia e Sergio Bezerra.


A primeira exibição do filme está marcada para 2020. “Após a estreia, vamos procurar escolas interessadas em discutir Machado de Assis ou cinema. O audiovisual tem poder para passar conhecimento. E, também, vou inscrever o curta em festivais para tentar exibição em outros países”, informa o diretor. 


A narrativa conta a história dos personagens do conto machadiano: Sra. E (Cris Athia); Sr. F (Nuno Leal Maia) e Sr. X, (Sergio Bezerra). Os nomes são os mesmos da obra original. Somam como novas figuras no elenco, a filha de Sr. F, interpretada por Marina Silva Pereira, e o músico por Murilo Lima. 


Sr. F é marido da Sra. E, e acredita que seu amigo Sr. X mantém um caso com sua esposa. Ele vai tirar satisfações e, com o desenrolar da história, percebe que perdeu três tesouros. O curta se passa na atualidade, mas as imagens remetem à época vivida por Machado de Assis, o século 20. 


Time de peso


Francisco de Paula tentou gravar o curta em 1993, mas frustrou-se por falta de verba e apoio. Guardada a ideia, ele consolidou seu nome no cinema independente, com as produções Areias Escaldantes (1985), Oceano Atlantis (1993), Helena Meirelles – A Dama da Viola (2004). Agora, a gravação de Monte Serrat foi possível graças a parcerias. A direção fotográfica é de Jacques Cheuiche, premiado recentemente nos Estados Unidos pelo documentário Amazônia Groove, lançado este ano. Ao todo, 20 pessoas trabalham no elenco e bastidores, alguns deles do Rio de Janeiro. A Secretaria de Cultura (Secult) de Santos faz o apoio logístico, enquanto os alunos do Instituto Querô, e os estudantes de Cinema da Universidade São Judas – Campus Unimonte completam a equipe técnica.


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