Músico de Santos lança novo álbum nos Estados Unidos

Marcelo Maccagnan sonha alto no exterior

Por: Egle Cisterna  -  16/12/20  -  10:54
Marcelo viu na pandemia uma oportunidade de se concentrar na produção do novo trabalho
Marcelo viu na pandemia uma oportunidade de se concentrar na produção do novo trabalho   Foto: Divulgação

Em meio à pandemia em Nova Iorque, com lockdown severo por alguns meses, o santista Marcelo Maccagnan encontrou o tempo necessário para compor e gravar seu segundo álbum, Boundless, lançado virtualmente no final de semana. 


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Este é o segundo trabalho do compositor e baixista que mora nos Estados Unidos há seis anos. No anterior, Looking Ahead, ele trazia claras referências da música brasileira, mesclando jazz e nossas músicas. 


“Neste de agora, toco o baixo elétrico, num som mais moderno e eletrônico. Mas continuo com influências, de forma mais leve. Não fica tão óbvio. O Brasil é um país muito grande, com vários estilos. É claro que minhas músicas sempre vão ter alguma influência brasileira: baião, partido alto, samba são tradicionais e, mesmo não estando tão obviamente presentes, sempre estarão nas minhas composições”, afirma Maccagnan. 


O novo álbum é composto por seis faixas, sendo três delas com guitarra, baixo e bateria; duas com baixo e bateria e uma só com baixo. Ele conta que o período de isolamento foi fundamental para a produção. 


No estúdio


Sem poder fazer apresentações ao vivo do final de março até julho, ele e dois amigos músicos estrangeiros transformaram a sala do apartamento do santista em um estúdio para gravar as músicas que ele compôs no período de isolamento. 


No lançamento, ele é acompanhado pelo guitarrista Andrew Cheng e pelo baterista Maxime Cholley. Este último músico não participou da gravação do álbum. Ele substitui o indonésio Kelvin Andreas, que teve que voltar para o seu país de origem. 
O lançamento do novo álbum aconteceu durante duas lives, que podem ser conferidas no site. O álbum estará disponível a partir do dia 21, em todas as plataformas de streaming. 


Para o próximo ano, assim que for possível, a ideia do músico é fazer turnês com o trabalho pela Costa Leste dos Estados Unidos e, talvez, na Ásia. 


Trajetória


O músico, que escolheu o baixo para se especializar, partiu para os Estados Unidos em 2014 para estudar na Berkley College of Music, onde se formou, em 2017, em Jazz Performancee Contemporary Writing Production, não tem projetos para voltar tão cedo para o Brasil. 


“Não conheço a cena musical santista direito. Cheguei a tocar rock na escola, mas, depois, fui morar e estudar em São Paulo. Meu plano é ficar aqui, pelo menos, nos próximos cinco anos, mas seria legal fazer shows no Rio, São Paulo e Santos”. 


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