Longa-metragem "Bird Box" é um tiro certeiro da Netflix

Protagonizado por Sandra Bullock, filme empolga com tensão

Por: Lucas Krempel  -  20/12/18  -  11:54
  Foto: Divulgação

Detentora dos títulos mais badalados entre séries, a Netflix tem uma dificuldade imensa de emplacar um grande filme. Foram várias tentativas nos últimos meses, mas nenhuma suficiente para agradar a maioria dos críticos.


A situação melhorou recentemente. Não são grandes produções, dignas de sucesso em premiações, mas mostram que a Netflix quer virar esse jogo. Quando investiu em longas voltados para o público teen, por exemplo, alcançou êxito. Foi assim com Para Todos os Garotos que já Amei e A Barraca do Beijo.


Agora, vieram mais quatro filmes bem produzidos: Mogli - Entre Dois Mundos (com Andy Serkis novamente usando e abusando da técnica de movimentos), Crônicas de Natal (filminho de Natal divertido, com Kurt Russell), Roma (aclamado pela crítica e festivais) e Bird Box, o foco do nosso texto.


Apresentado com exclusividade na última Comic Con Experience (CCXP), em São Paulo, no início do mês, Bird Box tem Sandra Bullock como protagonista, mas guarda espaço para mais uma boa participação de John Malkovich.


Entre todos os citados anteriormente, com exceção de Roma (ainda não assisti), Bird Box foi o que mais me agradou. Não é nenhum filme digno de Oscar, muito menos capaz de consagrar a diretora dinamarquesa Susanne Bier (Coisas que Deixamos pelo Caminho) ou lhe render outro Oscar. Susanne ganhou a estatueta com filme de língua estrangeira, em 2011, com Hævnen.



Bom entretenimento


Dito isso, vale ressaltar que Bird Box é um bom entretenimento, não indicado apenas para pessoas que abominam suspense e tensão. Isso é o que não falta, garantindo um thriller de impacto do início ao fim.


Na trama, quando uma força misteriosa dizima a população, só uma coisa é certa: quem olha para ela acaba cometendo o suicídio. Isso já explica o motivo de em quase todas as fotos de divulgação, os atores estarem vendados.


Durante a CCXP, a própria Sandra falou sobre o desafio de gravar as cenas com as crianças sem enxergar quase nada. Foram muitos exercícios e uma disciplina fora do comum com os dois atores mirins.


Enfrentando o desconhecido, Malorie, personagem de Sandra, encontra o amor, a esperança e o recomeço, ao conhecer alguns refugiados em uma casa. Mas tudo se desfaz rapidamente, e ela precisa conduzir seus dois filhos por um rio traiçoeiro em busca de refúgio, onde uma comunidade garante ainda mais emoção na reta final. Para chegar até lá, no entanto, a perigosa jornada de dois dias tem de ser feita com os olhos vendados.


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