Leo Maier retorna acústico em novo álbum

Disco Distant Tones traz dez canções autorais do blueseiro catarinense

Por: Lucas Krempel  -  18/11/20  -  12:33
Ao todo, são cinco canções instrumentais e outras cinco com vocais
Ao todo, são cinco canções instrumentais e outras cinco com vocais   Foto: Divulgação

Quando lançou I Choose the Blues, seu álbum de estreia, em 2017, o guitarrista catarinense Leo Maier já apresentou um cartão de visita impressionante. No Blog n’ Roll, o icônico Nuno Mindelis festejou o debute do blueseiro: “pessoas nascem, se apaixonam pelo blues nos moldes tradicionais e, principalmente, respeitam com sabedoria os seus mestres. Seria ótimo se todos aprendessem com as raízes como ele fez”.


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Agora, três anos após essa estreia, Leo Maier disponibiliza Distant Tones, seu segundo disco de estúdio nas plataformas de streaming. Mais intimista, acústico e reflexivo, o álbum carrega influências marcantes, como Blind Willie Johnson, Lightnin’ Hopkins, Big Bill Broonzy, Tampa Red, entre outros. Mas não para por aí.


“Fui influenciado por outros estilos acústicos como a música caipira e o folk. Não que eu tenha pensado nisso durante o processo de composição, mas tive essa impressão ouvindo o disco depois. Nas instrumentais com o slide, por exemplo, ficou claro a influência do David Gilmour e do Ry Cooder na minha música”, destrincha o músico.


A sonoridade mais acústica e intimista está relacionada com a pandemia, garante Maier, que escreveu o álbum no segundo mês do isolamento social.


“Estava sozinho no meu apartamento expressando meus sentimentos e minhas impressões em forma de música. Lembro de ter pensado em gravar um disco acústico, mas isso era plano para o futuro. A pandemia veio e mudou tudo. Acabei optando por não gravar com a banda em função do distanciamento social e falta de ensaios para essa novas composições. Tive dois músicos convidados apenas: Fernando Santos na gaita e Alexandre Green no piano”.


Minimalista, Distant Tones aborda saudade, esperança e solidão. Para o catarinense, Better Times é o grande retrato do atual momento para ele.


“Ela fala da esperança por tempos melhores. Estamos presenciando uma fase complexa e única na história da humanidade e nos perguntamos quando isso vai passar. Nessa letra eu começo com a frase Hey, meu querido(a) amigo(a), logo tudo ficará bem.... Pensei em todas as pessoas aflitas, sem esperança e que estavam se sentindo sozinhas naquele momento. Foi uma forma de comunicar e musicar, mesmo que distante”.


Distant Tones conta com dez canções, sendo cinco instrumentais e outras cinco com vocais.


Além da carreira como blueseiro, Leo Maier também assina a coluna Conhecendo o Blues, no Blog n’ Roll, na qual conta um pouco da trajetória dos maiores nomes do gênero. Howlin’ Wolf e Koko Taylor foram os primeiros. Lightnin’ Hopkins é o tema da coluna de hoje.


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