Keane presenteia fãs em show na Capital

Vocalista Tom Chaplin foi ovacionado pelo público, do início ao fim

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  03/12/19  -  21:12
Vocalista Tom Chaplin foi ovacionado pelo público, do início ao fim
Vocalista Tom Chaplin foi ovacionado pelo público, do início ao fim   Foto: Divulgação

Nos últimos seis anos, o vocalista da banda britânica Keane, Tom Chaplin, de 40 anos, viveu uma verdadeira montanha-russa de emoções. Com sua banda principal passando por um hiato, ele se lançou como artista solo, celebrou o nascimento do primeiro filho, enfrentou a depressão e voltou a ter problemas com drogas.


No último domingo (1º), com o Keane remontado e de volta ao Brasil, um dos últimos países que visitou antes do hiato, em 2013, Chaplin sentiu o carinho do público durante o show de pouco mais de 2h20 de duração, no Espaço das Américas, em São Paulo.


O vocalista foi ovacionado do início ao fim. Os gritos iam de 'we love you' (nós amamos você) até 'ole, ole, ole, Keane, Keane'. Nesse segundo, por sinal, o vocalista brincou com a pronúncia dos fãs. “Gostei de quinê, quinê”. A pronúncia correta é quim ou quini.


A apresentação na Capital foi a última da turnê de divulgação do sexto álbum de estúdio, 'Cause and Effect', lançado em setembro. E Chaplin, que continua com a voz impecável, não poupou na inserção de faixas desse trabalho. Foram sete, o mais lembrado do repertório. Mesmo que boa parte do público estivesse lá pelos hits do início da carreira, os singles mais recentes também foram bem festejados.


O clima no palco era de total alegria. O cabeça da banda, Tim Rice-Oxley, responsável pelo teclado, piano, sintetizadores e composições, sorria o tempo todo diante da euforia dos fãs. Chaplin, por sua vez, brincava com a turma da grade em todos os intervalos. No fim, agradeceu muito todas as manifestações de carinho na internet, bastidores e na frente do palco.


Logo após tocar 'Put the Radio On', um dos singles do novo álbum, Chaplin traduziu o nome da música: liga o radinho. Proposital ou não, a faixa que veio na sequência foi a responsável por colocar a banda no radar dos fãs brasileiros: 'Everybody Change'.


Me chamou atenção a quantidade de casais e famílias reunidas, cantando as músicas do início ao fim. Lembrou os grandes shows que acontecem no ginásio do Sesc Santos. Um clima bem amistoso.


A interação entre banda e público seguiu até o fim. Em certo momento, Tom recebeu uma bandeira do Brasil, arremessada por um fã. Abriu, pendurou no pedestal e elogiou: “É uma das mais belas”. Com a receptividade do músico, outra bandeira foi jogada, do movimento LGBTQ+. “As duas devem ficar juntas, em harmonia”, disse, recebendo muitos aplausos.


Revezando novidades com hits antigos, o Keane foi bem generoso com os fãs. Incluiu seis faixas de cada um dos seus dois maiores sucessos comerciais: 'Hopes and Fears' (2004) e 'Under the Iron Sea' (2016).


'Try Again', em uma versão acústica tocada apenas no piano e voz, abriu caminho para os grandes hits da banda: 'Nothing in My Way', 'This is the Last Time', 'Bedshaped', 'The Way I Feel' e 'Somewhere Only We Know', com o público cantando em uníssono. Já seria um final e tanto para os fãs. Muitos deles seguiram em direção à saída, mas foram surpreendidos com um bis caprichado, com mais quatro canções. 'Crystal Ball' e 'Sovereign Light Café' deram números finais ao show.


Se alguém tinha dúvida sobre qual era o real estado do Keane após o hiato, certamente já está contando as horas por um retorno. O período inativo fez muito bem para todos. Tom Chaplin parece mais saudável, a voz segue potente, a harmonia dos integrantes é visível. E o repertório novo também foi muito bem aceito.


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