João Donato e Jards Macalé unem forças musicais no álbum 'Síntese do Lance'

A ideia do disco surgiu antes da pandemia e partiu do músico Sylvio Fraga, da Rocinante

Por: Estadão Conteúdo  -  24/10/21  -  06:43
 O entrosamento fluiu até na seção da fotos, que inclui alguns cliques nus: “pra fazer alguém dar risada”
O entrosamento fluiu até na seção da fotos, que inclui alguns cliques nus: “pra fazer alguém dar risada”   Foto: João Atala/Divulgação

Foram precisas seis décadas de muita boa música para que dois grandes nomes, enfim, se unissem para lançar um álbum em conjunto. Jards Macalé e João Donato sempre se admiraram, mas só agora eles poderão ser vistos lado a lado na capa de um mesmo disco. Com dez faixas inéditas, Síntese do Lance traz músicas cantadas e instrumentais numa pegada animada e descontraída – exatamente a síntese de Jards e Donato.


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A ideia do disco surgiu antes da pandemia e partiu do músico Sylvio Fraga, da Rocinante. O álbum é coproduzido por ele, pelo sócio Pepê Monnerat e pelo trombonista Marlon Sette, que também fez os arranjos de metais.


“Conheço o Jards desde criança, mas nunca cantamos juntos. Ficamos contentes com o convite, porque nos admiramos há tanto tempo”, diz Donato.


Das dez faixas, uma nasceu 100% da parceria entre os dois. “É a Coco Táxi. Quem vai a Havana anda nesse veículo, um triciclo com um coco em volta. O João mandou uma parte e eu fiz a letra”, conta Macalé.


As demais músicas foram feitas com outras parcerias, como Joyce Moreno e Ronaldo Bastos. “Na pandemia, a primeira coisa que comecei a fazer foi compor. A combinação foi o João fazer uma parte, eu completar e fazer outras”, explica. Donato ressalta que, mesmo à distância, a parceria funcionou. “Foi quase como telepatia”


Afinidade


Apesar da espera de seis décadas, a dupla demonstrou muita afinidade – e as imagens tiradas para a capa do álbum são a prova disso. Há um pouco de tudo, de ambos com sobretudo preto ou mesmo com ‘nada sobre’. Sim, Macalé e Donato chegaram a fazer fotos nus lado a lado em meio a árvores.


Foi engraçado. Alguém teve uma ideia, e a gente foi aceitando”, diverte-se Jards Macalé. “Fizemos a capa no estilo floresta. Eu pela Floresta da Tijuca, ele pela Floresta Amazônica, lembrando nossas origens no Rio e no Acre”. “As fotos ficaram parecendo Adão e Eva no Paraíso”, ele compara. “Mas a finalidade era justamente essa, fazer alguém dar risada”.


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