João Anzanello Carrascoza inova na escrita e lança obra para o público infanto-juvenil

João Anzanello Carrascoza levou às bibliotecas as visões das crianças sobre o mundo, com seu livro 'Vamos Acordar o Dia? Histórias de Uma Linha Só'. A obra traz microcontos escritos em somente uma linha, que são retratados do ponto de vista dos pequenos.

Esse método de escrita é a grande novidade na literatura infantojuvenil experimentando esse novo gênero que instiga a imaginação e criatividade.

“Os microcontos operam a sua narrativa essencialmente pelos não dizeres, enquanto o conto tradicional, bem mais longo, se concretiza por eles. Com o tempo e o exercício de fazer numerosos contos de uma linha só, notei que eles são como resumos, sementes de histórias que podem ser desenvolvidas até atingirem ampla extensão”, conta João Anzanello Carrascoza.

O conto é o estilo de escrita mais explorado na trajetória literária do autor, tanto nas histórias para adultos quanto para o público infantil. Ele já escreveu dois livros com microcontos, 'Amores Mínimos', uma obra de contos curtíssimos, e 'Linha Única', que reúne cento e vinte microcontos.

Do segundo, surgiu a ideia de criar as narrativas de uma linha só para crianças e seus pais,dando origem a 'Vamos acordar o dia?'.

Seu objetivo era contemplar as crianças, já que ele escreveu muito para esse público, mas ainda não tinha retratado os pensamentos e a essência da infância.

O livro traz a pergunta do título a tona, questionando o lado positivo da vida e mostrando a pureza da resposta das crianças, como já cantava Gonzaguinha na canção 'O Que É, O Que É'.

Para destacar as pequenas histórias, as 48 páginas trazem ilustrações de Sandra Jávera. “A editora da SM, que publicou o livro, escolheu junto à sua equipe de artes uma ilustradora cujo perfil combinasse com a temática, a leveza e o imaginário dos contos, não apenas visualmente, mas de forma que ampliasse as palavras ali escritas. E foi assim que chegaram à Sandra, que fez um trabalho sensível, delicado, inspirador”, comenta o autor.

Experiência particular
Para captar a essência dos pequenos foi necessário que ele acionasse sua criança interior.“Foi fácil e divertido escrever essa obra. Bastou que eu me deixasse invadir pelo espírito do meu menino. O fato de ter uma filha pequena, para quem conto histórias todas as noites, também pautou essa escrita”,declara João.

Ser criança é usar a inocência como curiosidade, coragem e imaginação para fazer do momento mais simples, uma fantasia cheia de aventuras e diversão.

Foi exatamente isso que João quis mostrar em 'Vamos Acordar o dia? Histórias de uma linha só'.

As crianças são as protagonistas da obra, pois. para o autor, ajudam a mudar a visão de mundo dos adultos, lembrando-nos que não há somente o lado sombrio da existência,mas também sua estação solar.