Instituto Querô estreia seus documentários
Devido à pandemia, a seleção dos 40 alunos e a produção dos docs foram feitas virtualmente
Chegou a hora de assistir aos filmes produzidos pelos jovens das Oficinas Querô 2020, de Santos. Em um ano totalmente inovador, o Instituto Querô promoverá a estreia, pela primeira vez, na próxima segunda-feira (21), às 20 horas, em um ambiente on-line e aberto ao público, no YouTube.
Mais de 650 jovens da região se inscreveram para participar das Oficinas e 40 foram selecionados. Por conta do isolamento social, o projeto teve de ser inteiramente reformulado e aconteceu de modo on-line.
“2020 foi um verdadeiro desafio. Mas por conta da nossa equipe comprometida e apaixonada, conseguimos realizar tudo”, comemora Tammy Weiss, coordenadora do Instituto.
“Nossos jovens estiveram fortes ao nosso lado, aprendendo, ensinando e tendo acesso a profissionais de cinema que no modelo presencial, não teriam”.
Tammy pontua que o maior desafio foram as filmagens, o modo de realizar uma produção audiovisual a distância. “Com criatividade e tecnologia, criamos um plano de trabalho bem eficaz. Isso nos fez acreditar que nada é impossível”.
Gravações
>Para as gravações dos documentários dos alunos do primeiro ano, os jovens se dividiram em três grupos e conduziram as entrevistas e pesquisas de imagens, via computador. A montagem foi realizada com decupagem coletiva de todo o material. Já os alunos do segundo ano realizaram um filme de ficção.
“Eles dirigiram, produziram, fotografaram, tudo de casa. Com um monitoramento em tempo real do set de filmagem, surpreendentemente deu certo”, conta.
Os três documentários que serão exibidos na segunda-feira são: Não Somos Heróis, onde os alunos entrevistaram profissionais da saúde sobre o enfrentamento ao coronavírus; Meu Corpo, Meu Templo, abordando o tema de gordofobia, a partir de depoimentos de mulheres que fazem de seus corpos um ato político, empoderando outras mulheres; e Sem Filtro, entrevistando 18 crianças para saber o que pensam sobre questões sociais e da atualidade.
Já nas turmas das Oficinas do segundo ano, foi produzido o filme de ficção Somática, que aborda a depressão e ansiedade, usando a quarentena como cenário. “A estreia dos curtas é o evento mais esperado do ano. A expectativa é sempre grande, e em especial num ano de isolamento social”, afirma Tammy, que espera que o público conheça os jovens e equipes, para assim, todos viajarem pelo mundo da arte e da cultura.
