Gols do Rei Pelé por Seri

Em 2019, Seri entregou a Pelé a miniatura do seu trabalho, quando o Rei foi homenageado no museu

Por: Egle Cisterna  -  22/08/20  -  18:02
Museu Pelé inaugura painel de quase 30 metros com lances imortalizados do Atleta do Século
Museu Pelé inaugura painel de quase 30 metros com lances imortalizados do Atleta do Século   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Depois de cinco meses fechado ao público por conta da pandemia, o Museu Pelé, em Santos, reabriu as portas na última semana com uma atração a mais para quem visita a atração: um mural feito para comemorar as jogadas de destaque do craque considerado o Rei do Futebol e o atleta do século 20. O trabalho de oito painéis, que somam quase 30 metros, foi feito pelo cartunista e ilustrador Sergio Lemos, o Seri. 


Utilizando a linguagem de quadrinhos, caricatura e infográfico, ele conta a história de cada passagem da carreira do ídolo santista de forma lúdica, com textos em português e inglês.


“A Secretaria Municipal de Turismo me convidou e me deu toda a liberdade para a criação. Foi um trabalho de muita pesquisa iconográfica, pois em algumas dessas jogadas não havia registro de imagem”, lembra Seri, que conta que levou cerca de um mês e meio para finalizar o trabalho.


Uma das cenas que ele teve que fazer sem qualquer referência visual da época foi aquele batizado pelo jornalista Joelmir Beting como o “gol de placa”, que sugeriu que aquele lance merecia uma placa no Estádio do Maracanã, o que veio a acontecer. A partida aconteceu em março de 1961, contra o Fluminense. 


O mural apresenta ainda ao visitante o primeiro gol de Pelé, aos 15 anos, contra o Corinthians de Santo André; o gol da Copa de 1958, na Suécia; o da Copa de 1970, na final contra a Itália; o milésimo gol, num pênalti batido contra o Vasco, no Maracanã, em 1969; o último da carreira do jogador, pelo Cosmo, contra o Santos Futebol Clube; além daquele que o Rei considera o mais bonito de sua carreira, contra o Juventus, na Rua Javari. 


Seri aproveitou também a plasticidade de outra jogada imortalizada por Pelé, o gol de bicicleta, num painel, e posicionou a parábola do movimento da bola sobre uma das portas da sala onde o mural está exposto, criando uma integração da arte com o espaço físico do museu. 


Frente a frente com o rei 


Em novembro do ano passado, na comemoração do milésimo gol do jogador, Seri já estava com o projeto pronto e teve a oportunidade de entregar uma miniatura do trabalho a Pelé, antes dele se tornar realidade nas paredes do museu. 


“Apesar de já ter sido muito torcedor do Santos, eu nunca fui um cara de idolatrar ninguém. Mas quando Pelé entra na sala e a gente vê o cara, é tomado de uma energia muito grande. Foi uma felicidade entregar o trabalho para ele”, confessa o artista. Seri afirma que o jogador autografou o trabalho, que hoje está na sala especial que o Rei mantém no museu. 


Por enquanto, o Museu Pelé (Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo) abre de quinta-feira a domingo, das 10 às 16 horas, com a bilheteria fechando uma hora antes. O ingresso custa R$ 10,00, com gratuidade para crianças de até 10 anos e estudantes dos ensinos Fundamental e Médio da rede pública. Estudantes, pessoas com deficiência e acompanhante, professores da rede pública e idosos a partir de 60 anos pagam meia-entrada. Aos domingos, a entrada custa R$ 5,00 para todos. É obrigatório o uso de máscara e o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os visitantes. 


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