Geeks invadem a CCXP19, com direito a muitos lançamentos

Um dos painéis da abertura do evento foi sobre o filme 'Marginal Alado', de Chorão

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  06/12/19  -  16:56
Cosplay de Aranha de Ferro é um dos muitos espalhados pelo São Paulo Expo
Cosplay de Aranha de Ferro é um dos muitos espalhados pelo São Paulo Expo   Foto: Roberto Sungi / Futura Press / Estadão Conteúdo

“Cheguei para o garçom e pedi uma faca. Não ia assassinar ele, mas ia me defender. Até que chegaram e tomaram a arma de mim”. Foi dessa forma que o vocalista do Ratos de Porão relembrou o falecido líder do Charlie Brown Jr, Alexandre Magno Abraão, no painel do documentário 'Chorão: Marginal Alado', na CCXP, na última quinta-feira (5), em São Paulo.


A história contada por João Gordo casou bem com a proposta do filme: mostrar os dois lados de Chorão. O incidente ocorreu em uma festa do Vídeo Music Brasil, da MTV.


“Você tinha que gostar e falar bem da banda dele. Ou você virava um inimigo. Ele era muito louco, grande, forte e cheirava muito”.


A confusão citada pelo vocalista do Ratos de Porão foi resultado de muitas provocações. “Naquele dia fui entregar o prêmio com a Dercy Gonçalves. E na coxia do teatro, no escuro, quando a gente se trombou, ele veio me dar uma porrada”.


Gordo conta que, na mesma festa, o vocalista do Charlie Brown Jr. foi conversar com ele para “resolver a treta de uma vez”.


“Ele chegou e falou vamos parar com isso. E ele começou a chorar. Entendi o motivo do apelido dele. Ele disse que gostava muito do Ratos, mas ficou chateado porque eu não gostava da banda dele”.


No Lixo


O ex-VJ da MTV contou ainda que Chorão revelou ter jogado os discos do Ratos no lixo por conta da mágoa. “Depois ficamos muito amigos. Ele me comprava pijama de caveira, pares de tênis, dente de ouro. E eu pensava que ele queria comprar minha amizade”, comentou, aos risos.


Premiado


Premiado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, 'Chorão: Marginal Alado' chega aos cinemas em 2020. O filme tem direção de Felipe Novaes e roteiro de Hugo Prata.


Novaes, que também participou do painel, falou sobre essa dupla personalidade de Chorão.


“É um personagem rico de contradições. Na medida que fomos vendo o que queríamos contar, as coisas foram ganhando vida própria. Optamos por contar esse sofrimento que estava suplantando as coisas boas dele. Tem um preço para conseguir isso”.


O diretor e roteirista contaram um pouco dos bastidores da gravação do filme. Confira mais algumas curiosidades em Blog n' Roll.


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