Funk de pelúcia, uma versão 'fofa' do gênero, é nova tendência ao som de Bia Marques

Vertente mistura o funk com MPB, não usa palavrões ou ostentação nas letras e traz repaginação do estilo

Por: Bia Viana  -  16/06/21  -  09:35
   Cantora e compositora baiana Bia Marques é um dos nomes do estilo
Cantora e compositora baiana Bia Marques é um dos nomes do estilo   Foto: Divulgação

Nova vertente alternativa e 'fofa' do gênero, o funk de pelúcia tem conquistado admiradores pelo Brasil e avança em busca de novos públicos como uma alternativa ao som de ostentação. Aos 19 anos, a cantora e compositora baiana Bia Marques é um dos nomes do estilo, investindo fortemente na popularização da vertente com suas composições ecléticas.


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A carreira de Bia Marques começou no YouTube, cantando covers de músicas que gostava sem a pretensão de viver da música. “No início eram covers de músicas que eu gostava mesmo, na MPB e bossa nova. Depois fui mudando o estilo para as músicas que estão no mainstream, o que fez com que meu canal crescesse absurdamente junto com minhas outras redes sociais. Depois desse crescimento, percebi que tenho fãs que gostam da minha voz e criei coragem de gravar minhas músicas autorais”. No canal oficial, já acumula mais de 945 mil seguidores.


A escolha pelo funk de pelúcia não foi intencional, mas a compositora foi se identificando com o que estava criando. “A ideia inicial era só fazer algumas composições nesse gênero e encaminhar para outros artistas. Porém, depois de compor, eu gostei tanto que decidi lançar. Meus seguidores gostam bastante dos meus covers de funk e o funk de pelúcia trás acordes de MPB que eu me identifico bastante”.


Desde então, ela mergulhou no estilo, com o lançamento das faixas Me Deu Foi Chifre e Funk de Pelúcia, ambas produzidas pela 48k e a última feita em parceria com a funkeira Tati Zaqui.


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“Para compor no gênero, eu e meus amigos nos inspiramos em uma playlist da vertente. Nós descrevemos esse gênero como uma ‘MPB que virou funk’, porque realmente nos inspiramos na MPB e encaixamos a batida de funk depois”. As referências para suas criações flutuam entre artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Djavan.


Com toques de sofrência e uma boa prosa, o funk de pelúcia também coloca a mulher em um papel diferente do funk: nas letras do subgênero, são elas quem conduzem a narrativa e protagonizam a história, longe de posições submissas e machistas.


“Acredito que (o funk de pelúcia) pode ajudar nesse aspecto, pois na cena do funk vemos diversas músicas com letras degradantes para as mulheres”. O projeto com Tati Zaqui, pensado para “trazer visibilidade para a música se inserir mais na cena do funk”, é um passo certeiro na condução de um novo olhar para o funk.


O processo criativo para as canções relaciona situações cotidianas, em que Bia inclui um tom cômico e criativo, incorporado inteiramente na estética dos videoclipes relacionados. Buscando mais oportunidades no gênero, Bia Marques tem o desejo de crescer na cena nacional com seu “funk bonitin”. “Meu maior sonho é poder fazer o que eu quiser em relação a minha carreira e acumular cada vez mais fãs abraçando minhas ideias”, conclui a artista.


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