Filme sobre Chorão é finalista da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Resultado será conhecido nesta quarta (30), na Capital

Por: Guilherme Gaspar & Colaborador &  -  30/10/19  -  14:07
  Foto: Divulgação

'Chorão: Marginal Alado', filme que em uma hora e meia aborda a vida e a carreira do vocalista da banda Charlie Brown Jr. (1970-2013), é um dos 14 finalistas da Competição Novos Diretores, que entregará o Troféu Bandeira Paulista ao melhor longa-metragem da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O vencedor será conhecido nesta quarta (30), no encerramento do evento, no Auditório do Ibirapuera, na Capital.


O documentário foi selecionado entre os 101 concorrentes que foram submetidos à votação popular, durante suas exibições, na última semana, dentro da Mostra. A escolha do melhor longa-metragem estará a cargo do júri internacional composto por Beto Brant, Lisandro Alonso, Maria de Mederiso e Xénia Maingot.


Apesar das exibições especiais na Mostra, o documentário só deve estrear no circuito dos cinemas no primeiro semestre de 2020, pela O2 Filmes.


Bastidores


Nos bastidores do longa está um santista e um paulista de Araraquara que morou grande parte da vida em Santos. São eles: Victor Stockler, idealizador e produtor, e Felipe Novaes, o diretor, ambos de 29 anos.


Segundo eles, a ideia de produzir o documentário surgiu de uma conversa entre os dois amigos, por telefone, pouco tempo depois da morte de Alexandre Magno Abrão, o Chorão, em abril de 2013.


“Percebemos que a discussão sobre sua morte tinha ficado pautada por extremos. Ele era endeusado ou demonizado. Desta forma, vimos que a história de Chorão passava por diversas pautas atuais e que conseguíamos falar dele enquanto falávamos de nós mesmos”, explicou o diretor do documentário, Felipe Novaes.


Durante o desenvolvimento do projeto, Roberta Franco foi convidada por Novaes e Stockler para ajudar na sua realização.


Já com a proposta definida, Stockler conta que apresentou o projeto ao filho e ao advogado de Chorão, apesar da autorização da família não ser necessária para as filmagens. “Nossa relação foi saudável em todo o momento, inclusive tivemos acesso a gravações de cinegrafistas que estavam guardadas com o filho”, revelou Stockler.


Financiamento coletivo


Com o projeto formatado, faltava viabilizá-lo financeiramente. Para tanto, o grupo criou uma campanha de financiamento coletivo na internet. Os valores variavam de R$ 15,00 a R$ 1 mil. O projeto teve o apoio de 500 pessoas, que têm seus nomes nos créditos finais do filme. “Isso nos deu uma força diferente, que surgiu através desse engajamento dos fãs”.


As entrevistas


Na sequência, o trio traçou um panorama das fontes indispensáveis para o documentário. Nomes de músicos como Zeca Baleiro e Marcelo Nova foram levantados pelo grupo, assim como o do apresentador Serginho Groisman.


“Gosto de destacar a participação do Serginho, porque ele sempre acompanhou o cenário musical. Isso lhe proporcionou uma visão muito clara desse mercado”, detalhou Felipe Novaes.


Na ilha de edição, os amigos acumulavam cerca de 20 horas de entrevistas, que seriam editadas para um documentário de apenas 1h30. Desta forma, os realizadores selecionaram apenas as informações que fizessem a história ir para frente.


“Vale dizer que este é o nosso olhar sobre o Chorão. Realmente, acho que caberiam outros filmes sobre sua vida, feitos por outros diretores”, frisou o diretor, entusiasmado com a recepção da plateia na primeira apresentação da Mostra, que ocorreu no dia 23, no Espaço Itaú de Cinema do Shopping Frei Caneca. “Foi muito legal ver as filas para as sessões. Este é um filme superpop e é muito importante ver esse público engajado”.


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