Fenômeno de vendas, Nickelback retorna a São Paulo em outubro

Se por algum motivo você não lembra ou nunca ouviu a banda canadense Nickelback, você certamente foi acometido pelo apagão do filme 'Yesterday', que eliminou os Beatles da lembrança de quase todas as pessoas do mundo e dos mecanismos de buscas.

E, isso não é exagero algum. Indicada ao Grammy quase que anualmente, Nickelback vendeu mais de 60 milhões de álbuns. É a segunda banda estrangeira que mais vendeu nos Estados Unidos nos anos 2000, atrás apenas dos Beatles (olha eles aqui).

Formada em 1995, a banda canadense alcançou o auge nos anos 2000, com os hits 'Photograph', 'How You Remind Me', 'Too Bad', 'Rockstar', 'Never Again', 'Far Away', entre outros.

E, agora, os irmãos Chad e Mike Kroeger e companhia vêm ao Brasil pela segunda vez. Novamente fazendo dobradinha Rock in Rio e São Paulo, como em 2013. A apresentação na Capital será em 3 de outubro, no Ginásio do Ibirapuera. Ainda há ingressos à venda.

Em entrevista para A Tribuna, via telefone, Kroeger falou um pouco sobre os shows, futuros lançamentos, momento do rock e relação de amor e ódio das pessoas pelo Nickelback.

“Acho que precisamos tocar os hits, porque é isso que leva os fãs aos shows em primeiro lugar. Vamos tocar alguns sons do 'Feed The Machine' (último álbum, de 2017) também, mas para cada canção que incluímos, uma tem que sair”.

Enquanto prepara o retorno ao Brasil, a banda também segue tocando dois projetos, mas sem acelerar o processo. Atendendo ao pedido dos fãs da página do Facebook Nickelback Brasil, o baixista comentou o documentário e o novo disco. “O documentário ainda está sendo preparado. Já terminamos de gravar, mas ainda está em processo de edição. Ainda temos que decidir como será a distribuição. Acabei de falar com o Ryan (Peake, guitarrista) e ele disse que todos estão trabalhando muito bem para que seja um sucesso”.

Em relação ao álbum, Kroeger afirma que a banda não está trabalhando com nenhum prazo. “Estamos deixando fluir. Chad está escrevendo novas canções com calma e, quando estiverem prontas, ele vai nos mostrar. Só então a gente vai começar a trabalhar firme nisso”.

Slayer

Recentemente, Kroeger surpreendeu os fãs quando disse que pretendia gravar um álbum de covers do Slayer. Agora, ele desfaz o mal entendido. “O que aconteceu foi que mencionei que eu gostaria de fazer um álbum de heavy metal e gostaria de ter um cover de Slayer, não o Nickelback (risos). Acho que o jornalista manipulou um pouco o contexto para ganhar cliques. Sou um grande fã de metal, hardcore e punk. É o que eu gosto de ouvir”.

O trabalho solo, entretanto, não deve acontecer tão cedo. De acordo com ele, encontrar tempo na agenda está muito difícil. “Tenho meus compromissos com a banda, tenho uma família, luto jiu jitsu... faço muitas coisas. Não tenho tempo para criar uma banda de metal”.

Momento do Rock

Sobre o rock ter perdido espaço para o RAP nos EUA, o músico acredita ser questão de tempo para as coisas mudarem novamente.“Acho o Panic at the Disco uma banda fantástica. Acho que as coisas funcionam em ciclos. Rock foi popular por um tempo e não foi tão popular em outro tempo. Temos que aguardar o ciclo voltar para a ascensão do rock novamente. Quando começamos nossa banda, ninguém ouvia rock direito. Lembro que quando estávamos tentando assinar nosso primeiro contrato com uma gravadora, as pessoas diziam que ninguém queria saber de guitarras mais. Mas depois de uns seis anos, o rock voltou ao topo. É uma questão de tempo”.

O sucesso do Nickelback, inclusive, despertou amor e ódio nos roqueiros. Em um desses confrontos, dois congressistas americanos bateram boca sobre a força da banda nos EUA. “É algo que acontece com frequência quando um artista ganha notoriedade. Sempre tem os grandes fãs e os haters. Os fãs nunca vão parar de apoiar e os haters nunca vão parar de criticar.