Em Nova York, uma banda de brasileiros em alta

The Velvicks chama atenção com o EP Run

Por: Lucas Krempel & Caíque Stiva &  -  25/11/20  -  12:05
Primeiro EP do The Velvicks conta com faixa sobre o lockdown em Nova Iorque, no início da pandemia
Primeiro EP do The Velvicks conta com faixa sobre o lockdown em Nova Iorque, no início da pandemia   Foto: Geurin Blask/Divulgação

No início do século 21, pouco antes do terrível ataque às torres gêmeas do World Trade Center, Nova Iorque foi palco para várias bandas estourarem. The Strokes, Interpol, LCD Soundsystem e Yeah Yeah Yeahs foram algumas delas. Começaram nos pequenos bares da Big Apple e conquistaram o mundo rapidamente. De lá para cá, uma nova safra sempre é aguardada pelos fãs.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal, GloboPlay grátis e descontos em dezenas de lojas, restaurantes e serviços!


Atualmente, no cenário nova iorquino, tem uma banda se destacando pela originalidade e respeito às influências. E o curioso é que ela é formada por músicos brasileiros. A The Velvicks escolheu o Brooklyn como QG e de lá saiu com o EP de estreia, Run, que traz cinco composições autorais e em inglês.


“A gente teve banda antes e, enfim, a vida trouxe a gente pra cá, com a nossa formação. Acabou todo mundo em Nova Iorque no mesmo tempo e espaço. Começou a ter um hangout nosso, tempo e disposição, e começar a fazer música, foi inevitável. Algumas festas na casa virou o que você está ouvindo aí”, comenta o vocalista e guitarrista, Vick Nader.


Apesar do rock puro que o grupo apresenta, Edu conta que as influências dos integrantes são bem distintas.


“O legal dessa banda é que cada um tem uma influência bem distinta do outro. Por mais que a gente curta as mesmas bandas, o que a gente escuta diariamente é um pouco diferente. Pelo que sei do Vitão, ele tem umas bandas mais 1990, R.E.M, Nirvana, um monte que também são do grunge. Eu curto 1990 de cabo a rabo também, só que eu escuto desde o metal até umas coisas diferentes. Vinão tem muita influência de Jimi Hendrix, também”.


Uma das canções mais comentadas de Run, o EP de estreia do Velvicks, é LDNYC (Lockdown NYC), que tem um título autoexplicativo.


“Ela foi a última música a ser feita, poucas semanas antes do lançamento do EP, então a gente meio que adaptou para ela entrar, coisas técnicas. Existe uma melancolia na música, mas com power. Foi no 13º dia da quarentena que ela saiu, logo no começo, então foi quase que nossa resposta, saca? Se a gente deixar a parada tomar conta, ferrou”, comenta Vick.


Sobre estar baseado no Brooklyn, a banda revela que existem algumas peculiaridades interessantes no bairro.


“É difícil caracterizar um estilo de música que seja próprio daqui. Teve muitas fases do rock indie, independente, começo dos 2000, tipo Strokes que saiu daqui e estourou, mas tem tudo que é tipo de banda saindo daqui, a todo momento. Acho muito da hora, é muito qualitativo. Você pode tocar com a pessoa e dois meses depois ela está no Coachella”, explica Vinny.


Logo A Tribuna
Newsletter