Crítica: '1917' é um filme digno de conquistar o Oscar

Drama traz uma corrida contra o tempo na vida de dois soldados britânicos em um dos momentos mais cruciais e marcantes da Primeira Guerra Mundial

Por: Lucas Krempel  -  23/01/20  -  09:18
Atualizado em 23/01/20 - 09:20
Está nas mãos de dois jovens entregar uma mensagem que poderá poupar a vida de 1,6 mil soldados
Está nas mãos de dois jovens entregar uma mensagem que poderá poupar a vida de 1,6 mil soldados   Foto: Divulgação

Filmes de guerra sempre chamam a atenção dos votantes do Oscar, Globo de Ouro e outras premiações relevantes. Logo, não chega a ser surpresa o fato de 1917, de Sam Mendes, estar conquistando vários prêmios. Além de ser um favorito claro para o Oscar de Melhor Filme e Diretor (mesmo com todo hype) merecido no sul-coreano Parasita).


Mesmo assim, 1917 não teve uma estreia tão badalada nos Estados Unidos, no fim do ano passado. Foram necessários os prêmios de Melhor Filme e Diretor no Globo de Ouro, logo no primeiro fim de semana do ano, para as coisas mudarem de patamar.


Lançado em outros países e relançado nos Estados Unidos, o filme de Sam Mendes ganhou uma atenção maior. Agora, também segue fazendo bonito nos melhores termômetros do Oscar. Venceu a principal categoria na premiação do Sindicato dos Produtores, por exemplo, no último fim de semana.


Esse drama traz uma corrida contra o tempo na vida de dois soldados britânicos em um dos momentos mais cruciais e marcantes da Primeira Guerra Mundial. Está nas mãos dos jovens George MacKay (Capitão Fantástico) e Dean-Charles Chapmann (um dos filhos de Cersei em Game of Thrones) entregar uma importante mensagem que poderá poupar a vida de 1,6 mil soldados.


Essa equipe do exército britânico prepara um ataque surpresa no início da manhã seguinte. No entanto, o serviço de inteligência descobriu que o recuo dos alemães é estratégico. Logo, a equipe que precisa ser avisada corre grande risco. Entre os militares presentes nessa divisão está o irmão de um dos mensageiros.


A forma como essa história é retratada é o grande mérito da produção. Afinal, Sam Mendes coloca o público numa ilusão de plano sequência que nos dá a sensação de estarmos juntos com os soldados no front. Tudo em uma tomada única (ao menos parece).


Todos os momentos tensos e sufocantes nos quais os dois personagens estão inseridos parecem muito reais. A sala de cinema é quase um cenário do filme. E nem precisei ver em 3D para ter essa sensação.


Não são necessários grandes efeitos especiais, explosões, muito menos batalhas memoráveis. É tudo muito minimalista. Claro, minimalista quando se trata de um filme de guerra.


Se formos analisar de forma mais criteriosa, 1917 tem uma premissa simples. Mas isso não tira seus frutos, como uma narrativa emocionante, uma fotografia impressionante e atuações marcantes. Tudo que um filme premiado precisa ter.



1917. Drama. 2019. Duração: 119 min. Direção de Sam Mendes. Com BenedictCumberbatch, Colin Firth, George Mackay, Dean-Charles Chapman, Mark Strong.
Em cartaz no Cinemark Praiamar, Cineflix Miramar, Roxy Pátio Iporanga e Roxy Gonzaga


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