Conheça as mulheres que farão o futuro da direção do cinema brasileiro

Com presença competitiva em festivais internacionais, diretoras estreantes conquistam o mundo; conheça-as

Por: Beatriz Viana  -  21/01/21  -  12:59
Na foto, Renata de Lélis figura em 'A Nuvem Rosa', distopia de Iuli Gerbase
Na foto, Renata de Lélis figura em 'A Nuvem Rosa', distopia de Iuli Gerbase   Foto: Divulgação/Prana Filmes

Em 2014, a Variety desenhou sua lista dos 10 jovens diretores mais promissores do Brasil. Na época, relacionou apenas uma mulher: Anita Rocha de Silveira, que estreava com o renomado Mate-me Por Favor.


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Seis anos depois, a revista apresenta um cenário mais equilibrado. Com presença competitiva nos principais festivais e eventos de cinema do mundo, o aumento das produções dirigidas por brasileiras originou a alcunha "nova onda feminina brasileira", cotada como uma safra promissora de diretoras.


O fenômeno se reflete em números. Aproximadamente 70% das cerca de 160 obras inscritas no Ventana Sur 2020, evento de cinema da América Latina, eram produções ou coproduções com o Brasil. Entre elas, a grande maioria eram dirigidas por mulheres estreantes.


Olhando mais de perto, a 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes (22 a 30 de janeiro) recebeu 111 inscrições de longas-metragens, dos quais 44 foram dirigidos por mulheres cisgênero, duas não binárias e uma transgênero. 27 destes foram selecionados para o festival, sendo 12 com direção feminina.


Algumas obras disparam expectativas, como Medusa, o próximo longa de horror dirigido por Anita da Rocha da Silveira. Fogaréu, estreia de Flávia Neves, chama atenção pela discussão de temas sociais latentes. Ambos são produzidos pela Bananeira Filmes, fundada por Vania Catani.


Outros filmes despontam no exterior como novas promessas do cinema feminino brasileiro. Entre eles, A nuvem rosa, distopia arrepiante de Iuli Gerbase, que foi selecionado para o Festival de Sundance, um dos eventos mais disputados do cinema.


O drama A mesma parte de um homem, estreia de Ana Johann, também tem boas credenciais. Importante ressaltar que o longa contou com 60% de profissionais femininas em sua equipe técnica, justamente priorizando a questão da equidade. Também figuram nessa remessa as cineastas Mônica Demes, Thais Fujinaga, Carolina Markowicz e Juliana Rojas.


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