Artista cubatense Mari Andrade mostra potencial pra deixar sua marca na música

Jovem de 22 anos tem trabalhado com projetos solos, como o single Coragem

Por: Beatriz Araujo & Colaboradora &  -  03/04/21  -  10:45
Mari Andrade se lançou na carreira de cantora de forma independente
Mari Andrade se lançou na carreira de cantora de forma independente   Foto: Beatriz Lima/Divulgação

Os nuances da intensidade da juventude se revelam nos primeiros passos da carreira solo da artista cubatense Mari Andrade, de 22 anos. Estreando com os singles Corageme Deixa minha loucura, ambos lançados neste ano, ela mostra que traz consigo vivências, referências e potencial para deixar sua marca na cena.


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O Deixa Minha Loucura, expressado em forma de videoclipe, fala sobre o fogo ardente de uma paixão entre duas pessoas que querem estar juntas mas sabem que não são compatíveis, ou que não é o momento certo de se unirem. Segundo Mari, essa canção foi escrita antes da pandemia e transpõe um romance que ela viveu.


Com inspirações em Mania de Você, de Rita Lee, a música de Mari também conta com o toque de violão no ritmo folk, a delicadeza do som de piano e elementos de psicodelia nos backing vocals. Para se emergir na música e sentir ainda mais essa loucura, Mari recomenda que sejam utilizados fones de ouvido.


O clipe foi gravado em uma casa e mostra a artista de forma intimista e curiosa. Na narrativa há também outro personagem: a silhueta de um homem que é apresentada como a pessoa amada. Em outros momentos é um teatro de sombras que dá suporte à canção, enriquecendo a produção.


Coragem, seu primeiro lançamento do ano, não tem videoclipe, mas é uma canção que proporciona um sentimento de autorreflexão e leveza, que vai além da imagem. “É uma música que eu compus pra mim, em um momento em que eu não estava muito bem. Não estava acreditando muito em mim. Então é uma canção que funciona como um incentivo”.


As duas canções, apesar de serem calmas, retratam um pouco da dualidade que Mari diz também ser um traço seu. Como artista, ela tem referências que vão da bossa nova à MPB e ao folk. Mas ela também gosta de rock, rap e hip-hop, que representam parte de sua história de vida. Os trabalhos de sua carreira solo estão disponíveis no YouTube, no Spotify e no Deezer. E ainda no Instagram e Facebook.


Trajetória
Vinda de uma família de baixa renda, os sonhos de Mari são viver de música e conseguir se sustentar e ajudar a família. “Também quero poder incentivar pessoas que vivem na mesma situação que eu. Elas precisam saber que do mesmo jeito que eu posso, elas também podem”.


Sua trajetória na música começou em 2015, no projeto social Tocando em Frente, de Cubatão, que foi onde ela aprendeu a tocar violão. Depois, ela se tornou voluntária da iniciativa e segue trabalhando lá até hoje. Ela também fez parte da banda Florenza até 2019, e atualmente integra o grupo de hip-hop Monarcos Mob, que usa a música para incentivar jovens nas periferias de Cubatão.


Sua mais nova conquista na música foi uma bolsa integral pelo Prouni na Faculdade de Música Carlos Gomes, de São Paulo. “Eu tô lutando e fazendo o possível para fazer da música a minha profissão. A música ocupa um espaço muito importante na minha vida”.


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