Angela Zoé: repensar o cinema

Cineasta participa do festival com mostra retrospectiva e workshop

Por: Da Redação  -  03/10/20  -  21:12
Cineasta participa do festival com mostra retrospectiva e workshop
Cineasta participa do festival com mostra retrospectiva e workshop   Foto: Carlos Filho/Divulgação

Repensar um cinema mais forte e uma enorme possibilidade de ampliar o número de pessoas que se interessam por filmes. Estes são os pontos fortes da 5ª edição do Santos Film Fest, de acordo com a diretora e roteirista Angela Zoé, que participa do evento com uma mostra retrospectiva de seus trabalhos e num workshop sobre a criação de documentários. 


“Esse festival, que adoro, tem uma coisa de resistência que é superimportante. É bacana terem resistido e realizado essa edição on-line, que tem outra coisa muito boa: hoje, o filme fica disponível pela internet para as pessoas assistirem. Se por um lado os distribuidores não ficam felizes, quem produz, adora, pois quanto mais acesso permitirmos, mais gente vê nosso trabalho”, afirma Angela. 
Amanhã, ela divide a tela com Rita Marques e Marcos Souza, no workshop Criação e pesquisa para documentários, cujas vagas já estão esgotadas. “Todo mundo tem um documentário dentro de si e pronto para colocar seu filme na rede social. É uma extensão daquilo que estamos sentindo”, comenta. 


Ela ainda considera que com a tecnologia disponível, as pessoas passam de simples telespectador a curador daquilo que querem assistir. “E, além de começar a produzir, durante esse período aprendemos que podemos fazer com muito menos.” 


A diretora conta que foi com o sentimento de preservar a memória de grandes personalidades do País que surgiram Henfil, Betinho – A Esperança Equilibrista e Ele era Assim: Ary Barroso. “Queria que as pessoas soubessem que Rancho Fundo não é uma música de Chitãozinho e Xororó”, brinca. 


Além dessas produções e o curta Meu nome não é Jacque, durante o festival santista Angela participa na mostra competitiva com o longa-metragem O Samba é Primo do Jazz, um filme sobre a cantora Alcione, que estreou no Festival de Gramado deste ano. Com Henfil, documentário sobre vida e obra do cartunista, ela já havia sido premiada no Santos Film Fest, no ano passado, com o troféu Ondina Clais e, na penúltima edição, com o prêmio da crítica de melhor longa.


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