Ana Beatriz fala de Elenice e da arte de viver perigosamente

A atriz vive a atrapalhada Elenice na novela Um Lugar ao Sol, que faz de tudo para parecer rica

Por: Estadão Conteúdo  -  03/01/22  -  07:24
A atriz vive a atrapalhada Elenice, que faz de tudo para parecer rica
A atriz vive a atrapalhada Elenice, que faz de tudo para parecer rica   Foto: Reprodução/Rede Social

Ana Beatriz Nogueira reconhece a importância do humor de Elenice em Um Lugar ao Sol, novela das 21 horas da Globo. Sem limites, a personagem da trama de Lícia Manzo está falida e faz o necessário para manter as aparências. Desde aplicar golpe para não pagar uma conta de restaurante a instalar um hóspede no apartamento de Bárbara (Alinne Moraes), fingindo que o imóvel lhe pertence. A mãe adotiva de Renato (Cauã Reymond), de fato, não mede esforços para continuar posando de rica.


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Para a intérprete, a viúva de José Renato (Genezio de Barros) não pensa muito nas consequências dos seus atos. “Vira e mexe, tem um humor ali que vem das situações em que ela se mete. Beira o absurdo. A Elenice improvisa perigosamente na vida. Ela mesma arma alguns momentos, que são pensados até a página dois e, depois, é improviso”, comenta a artista.


Na trama, Elenice perdeu o dinheiro deixado pelo marido no decorrer dos anos e apostou tudo no casamento de Christian/Renato com Bárbara. Só que o filho adotivo não a sustenta. Apesar de a relação dos dois ser conturbada, ela nunca poderia imaginar que o bebê abandonado em Goiânia tomaria o lugar do irmão gêmeo adotado por ela. A tensão entre mãe e filho é visível. Porém, a irmã de Teodoro (Fernando Eiras) não nota a troca.


“Elenice tem o Renato como um objeto. Esse filho pertence a ela. Então, quer conduzir a vida dessa criatura como quem não vê o outro mesmo. Isso acontece muito! Ela até percebe as mudanças no comportamento dele, mas jamais que é outra pessoa, porque nunca o viu de verdade”.


Histórico
Elenice não é a primeira mãe megera da carreira de Ana Beatriz Nogueira. A atriz interpretou um papel semelhante em A Vida da Gente (Globo, 2011 a 2012), novela também escrita pela autora de Um Lugar ao Sol e reexibida neste ano, em edição especial, na faixa das 18 horas. No entanto, a artista defende que Eva era distante da atual personagem, apesar de compartilharem defeitos.


“Algumas personagens podem ser feitas por outro viés. Elenice e Eva são mulheres fora da curva, com o egoísmo em comum. Elas não veem o outro, projetam os próprios desejos nos filhos. A Vida da Gente reprisou. Então, essa lembrança está fresca para o público. Só que pessoas com características semelhantes podem ser totalmente diferentes”, relata.


Na visão de Ana, os dez anos que separam A Vida da Gente de Um Lugar ao Sol a transformaram profissionalmente e como ser humano. Além disso, a atriz pontua que a equipe com quem trabalha acrescenta características diversificadas às cenas, o que modifica o resultado na tela.


“Às vezes, o ator mostra um caminho mais interessante e o diretor fala outra coisa. É um trabalho construído junto, que passa pelo texto da Lícia e pela direção. Essa trama tem um time de feras! Fui muito feliz fazendo essa novela, dentro desse contexto triste da pandemia”.


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