Aluízio Sueth usa poesia para destacar o momento de incertezas do país

O poeta, músico e criminalista Aluízio Ferreira Sueth oferece um questionamento social abrangente:'A poesia é imprescindível'

Por: Beatriz Viana  -  16/02/21  -  10:04
A obra desvela o sistema por meio da poesia
A obra desvela o sistema por meio da poesia   Foto: Divulgação

Considerando o embate político vivido no Brasil desde 2016, o poeta, músico e criminalista Aluízio Ferreira Sueth oferece um questionamento social abrangente com a obra Punho e a poética no corpo. Publicado por meio de um edital anual promovido pela Editora Cousa de Vitória, a obra desvela o sistema por meio da poesia.


Sua carreira, segundo o autor, foi um despertar. “Acredito que pelo fato de ter uma natureza mais introspectiva, a literatura e a escrita sempre atravessaram a minha formação em todos os aspectos”. Mergulhando em pesquisa e leitura, Aluízio assumiu seu papel como escritor aos poucos. “Hoje, estou totalmente desperto para minha condição de poeta”.


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O processo de criação da obra foi extenso, mas recompensador. “Depois de muito maturar tentativa e erro, senti um pulso mais vibrante nesse texto e que era a hora de transformá-lo em produção literária. Um desafio e tanto, mas que tem se mostrado uma rica experiência”, conta.


Sua relação com a poesia vai além da significação básica: para o autor, ela é potência criativa não só para escrever, mas para viver. Seguindo seu propósito existencial, ela também se torna um forte agente de mudança. “A poesia sempre encarnou um ponto de ebulição que deságua em diversas transformações importantíssimas dentro da sociedade. A poesia, que atravessa toda a arte, é essa luta com o caos, a fim de torná-lo sensível. E dado o momento de estupidezes e de imensa crise política que estamos atravessando, acaba sendo também o instante mais propício para a criação do novo e, nesse lugar, a poesia é imprescindível”.


A concepção do conceito da obra levou algum tempo, porém, a escrita de fato foi mais rápida. O livro foi escrito em três meses, trazendo como pano de fundo a memória do cenário político explosivo após o impeachment de Dilma Rousseff.


Crítico ao governo atual, Aluízio sinaliza a arte como instrumento essencial para uma redemocratização do País. “As únicas coisas que os países tidos como desenvolvidos apresentam em comum são o investimento em tecnologia e cultura. Nesse contexto, o aparato cultural do Brasil se encontra em frangalhos, mas não a cultura em si. Ela fervilha quanto mais é acossada por governos perseguidores, e agora não é diferente. A cultura não só sobrevive, como será a maior responsável pela superação do bolsonarismo”, destaca o autor.


A fome é o homem encarniçado/que até a morte/tem repulsa em devorar, revela em um trecho, mostrando a luta que vivem os brasileiros em um momento de incertezas e repressão política. O Punho e a poética no corpo está disponível na Loja Virtual Editora Cousa, por R$ 42,00.


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