Assassin's Creed Odyssey leva reinvenção da franquia a outro nível, com saga na Grécia Antiga

O jogo está imperdível. Ele tem dinâmica ainda maior de RPG, dois protagonistas, gráficos lindos e um mapa imenso

Por: Stevens Standke  -  13/12/18  -  21:31
Você escolhe quem comandar no jogo: Kassandra ou Alexios.
Você escolhe quem comandar no jogo: Kassandra ou Alexios.   Foto: Divulgação

Épico. Assim pode ser definido Assassin’s Creed Odyssey, mais novo jogo da famosa série da Ubisoft, que está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC.


Ele tem inúmeras qualidades e pouquíssimos pontos negativos. Para começar, pega tudo de melhor que existe em Origins, lançado no ano passado, e dá um belo passo à frente, ampliando ainda mais o processo de reinvenção da franquia.


O legal é que, após dedicar uma boa quantidade de horas ao game, o medo que muita gente tinha de que Odyssey voltasse a desgastar a série, com jogos disponibilizados em um curto espaço de tempo, cai por terra.


É preciso dizer que o episódio foi desenvolvido ao longo de três anos, em paralelo a Origins. Para completar, a Ubisoft garantiu que não vai colocar nenhum Assassin’s Creed no mercado em 2019. O próximo ano será destinado a lançar atualizações para Odyssey – a primeira grande expansão da história, O Legado da Primeira Lâmina, já pode ser baixada.


>> Veja os primeiros minutos do jogo



Mais liberdade


Depois de Origins focar no Egito dos faraós, Odyssey reproduz a Grécia Antiga, com gráficos lindíssimos e um mapa gigante, tranquilamente o maior da franquia. São mais de 30 áreas, entre ilhas e territórios no continente, que podem ser exploradas em ordem aleatória, pois a história principal está menos engessada e sequencial.


Há liberdade de sobra para se aventurar pelas missões secundárias, ainda mais quando a trama já se encontra mais avançada e é necessário subir (bastante!) de nível para dar sequência aos fatos.


Enquanto, em terra firme, você geralmente usa um cavalo para percorrer grandes distâncias, no mar tem à disposição um barco imponente. Detalhe: além de emitir comandos de voz para a tripulação, dá para travar batalhas navais com as embarcações que surgem no caminho.


Outro ponto relevante é que Odyssey oferece, junto ao ajuste do nível de dificuldade, a opção de flexibilizar a quantidade de informações sobre as missões a serem cumpridas. Desse modo, ou a localização do próximo desafio é indicada claramente na tela, ou então recebe-se apenas pistas de onde ir, o que exige um tempo de investigação para encontrar o lugar desejado.


>> Confira uma batalha naval



Legado grego


Assassin’s Creed Odyssey tem espaço para desafios relacionados a ícones e mitos da Grécia Antiga, como Sócrates e Medusa, mas o melhor é o seu enredo principal, que pode ser resumido em uma jornada de autoconhecimento e crescimento pessoal.


Como pode ser visto no primeiro vídeo do post, tudo começa no icônico embate entre as tropas do rei Leônidas, de Esparta, e o exército persa liderado por Xerxes (o ápice do filme 300), o que dá um gostinho das diversas batalhas militares que existem no jogo.


A partir daí, avança-se para 431 a.C., em plena Guerra do Peloponeso, quando Atenas e Esparta disputaram intensamente o domínio do mundo grego. Por causa disso, no decorrer do game, você pode percorrer o mapa e ajudar tanto soldados de Atenas quanto de Esparta a defender seu território e conquistar propriedades rivais.


Protagonistas


Pela primeira vez em um jogo da série, é possível escolher qual personagem controlar: Kassandra ou Alexios. Mas isso não afeta o desenrolar da história, porque, independentemente de quem for selecionado, a sucessão de fatos é sempre a mesma.


O protagonista escolhido assume o papel de um mercenário com passado trágico. Seu pai, um renomado general, o atirou do alto de um monte quando era pequeno para provar a fidelidade a Esparta. Só que a criança sobreviveu à queda e se tornou um habilidoso guerreiro que decide acertar as contas com o pai.


Essa é a premissa básica do game. Agora vem o spoiler: a trama vai engrenando lentamente até que você descobre que está na mira dos membros de um poderoso culto. Não bastasse isso, seu irmão que era dado como morto (Alexios quando se controla Kassandra ou o inverso) ocupa posição de destaque nessa sociedade secreta.


>> Veja os menus de habilidades e personalização de armas e barcos



RPG na veia


Odyssey é o Assassin’s Creed com maior teor de RPG. Totalmente em português, o jogo, que peca no sentido de ter loadings bem demorados, traz vários diálogos interativos. Com base nas opções selecionadas nessas conversas, o perfil do seu personagem vai sendo moldado em alguém do bem e altruísta ou, então, em uma pessoa cruel, vingativa e sanguinária.


Tem mais: os pontos acumulados permitem destravar habilidades de caçador, guerreiro e assassino. Também dá para personalizar (e evoluir!) bastante os trajes, armas e acessórios do personagem. O mesmo pode ser feito com o seu barco.


Ah... Lembra da águia de Origins, que sobrevoava os territórios identificando metas e inimigos? Ela está de volta em Odyssey, assim como a personagem Layla Hassan, que monitora a viagem no tempo direto dos dias atuais.


Faltou dizer apenas que o jogo ainda é o primeiro da franquia a introduzir “poderes” na lista de habilidades de Kassandra e Alexios. Usando um pedaço da lança do rei Leônidas dá para executar ataques de luz, com fogo... Ótima tática especialmente quando se é perseguido pela extensa lista de mercenários rivais.


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