Você sabe lidar com pensamentos negativos? Psicóloga santista ensina técnicas

Pensamentos ruins passam pela cabeça de todo mundo. A diferença é a maneira como cada um reage a isso

Por: Cláudia Duarte Cunha  -  19/06/22  -  20:50
Atualizado em 19/06/22 - 20:51
A psicóloga Sônia Roman explica esse processo e aponta a melhor forma de lidar com ele
A psicóloga Sônia Roman explica esse processo e aponta a melhor forma de lidar com ele   Foto: Adobe Stock

Dentro da enxurrada cotidiana de pensamentos, há alguns que são considerados fora dos padrões – disfuncionais ou esdrúxulos. E isso acontece com todo mundo. O mais indicado nessa hora, segundo a psicóloga Sônia Roman, é simplesmente não fazer nada, deixar que esses pensamentos, do mesmo modo como surgiram, acabem indo embora. “Basta descaracterizar, desvalorizar, enfim, deixar que essas ideias aleatórias saiam naturalmente da nossa cabeça. A psicologia explica que a nossa mente é uma máquina que lança pensamentos automáticos! Eles podem aparecer sem que a gente os selecione. São os chamados ruídos”.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


Imagine, por exemplo, que um colega ou amigo passe por você e não cumprimente. Aí, você pensa: “Nossa! Ele não deve estar precisando de mim, então me menospreza, finge que não me vê”. Nesse caso, você acaba se sentindo incongruente, deslocado. “Quando nossas atitudes e o jeito que somos não combinam com nossos pensamentos, podemos ficar abalados, tristes e até decepcionados com nós mesmos. Mas isso não tem de levar a uma autorrepreensão. Pensamentos até bem mais fortes do que o mencionado surgem sem a nossa vontade e podem gerar emoções dilacerantes”, comenta Sônia.


A verdade, destaca a psicóloga, é que não temos o controle total do que pensamos. “O que temos é uma cartilha para seguir, regras sociais e até espirituais. Só que, mesmo que a gente queira ser 100% correto, ocasionalmente acabamos tendo raiva de alguém. E esse desvio de padrão pode vir da máquina de pensamentos que todo mundo possui e, uma hora ou outra, vai nos trair”.


Mande a culpa embora
E o que fazer para continuar sendo do jeito como você almeja? “Basta entender que todos nós temos um padrão mental, que joga pensamentos, às vezes rebeldes ou não tão dignos e até monstruosos, mas que são apenas ruídos e não a verdade a seu respeito. Portanto, tais pensamentos não devem te deixar envergonhado, triste ou desmoralizado. Afinal, isso não faz parte da sua integridade”, diz Sônia, acrescentando: “Deixe esse ruído passar, sem que seja preciso pedir desculpas ou, dependendo da sua religião, ir se confessar. Esse pensamento apareceu do nada e não serve para você. Só vai te pertencer o que o seu coração quiser”.


Respeite a sua essência
Ainda que essas ideias disfuncionais, em algum momento, acabem pipocando na nossa cabeça, “a benevolência, a retidão e a obrigatoriedade de ser bom continuarão intactas e verdadeiras. De jeito algum, você deve valorizar esse tipo de pensamento”.


Leve em conta e respeite a sua essência. Agora, quanto ao que entrou na sua mente sem permissão, tenha consciência de que, “quanto mais tentamos nos desvencilhar desses pensamentos, mais eles crescem dentro da gente”.


A melhor opção, reforça Sônia Roman, é não ligar e nem dar forças para isso. “Somente assim você conseguirá afastar uma eventual ansiedade e tornar possível o descanso da mente”, conclui a psicóloga.


Logo A Tribuna
Newsletter