Versão coreana da série La Casa de Papel chega à Netflix

O universo asiático é o destaque deste fim de semana e garante muita diversão

Por: Gustavo Klein  -  26/06/22  -  09:03
A versão coreana contará com os mesmos nomes dos personagens da série original
A versão coreana contará com os mesmos nomes dos personagens da série original   Foto: divulgação

O universo asiático é o destaque deste fim de semana, tanto no streaming quanto nas salas de cinema. E tem para todos os gostos: da refilmagem coreana de um sucesso recente à inédita visão americana de uma imigrante chinesa que viaja entre vários universos, sem saber direito o que está fazendo, para salvar o mundo.


No streaming, o destaque é La Casa de Papel: Coreia, versão da Coreia do Sul de um clássico recente do streaming. Nele, um grupo de criminosos muito inteligentes e carismáticos bola um plano para roubar o banco central do país.


Na história, o Professor reúne um grupo de assaltantes, cada um com habilidades diferentes, para executar o plano – que vai ser prejudicado pelos conflitos entre o grupo, cheio de gente muito diferente.


Tal qual a versão espanhola, a série segue à risca a fórmula do bandido simpático, pelo qual acabamos torcendo, até porque ele luta contra algo que afeta a todos (aqui, no caso, o capitalismo que jogou a todos do grupo na pobreza).


O universo da produção é bem diferente. Conhecemos uma Coreia que não está mais dividida, na qual sul e norte resolveram se unir, o que só beneficiou quem já era rico e poderoso e manteve a população na miséria.


La Casa de Papel: Coreia comprova que os grandes sucessos dos últimos anos, como Parasita e Round 6, não foram um mero acaso. A Coreia do Sul estabeleceu há anos a meta de transformar a indústria cultural do país, profissionalizando a produção, financiando a formação de seus realizadores nos Estados Unidos e na Europa e, hoje, colhe os frutos dessa política com uma indústria cultural forte em todo o mundo.


Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo
Nos cinemas, o destaque é a estreia daquele que possivelmente será o filme mais maluco que você verá neste ano: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo. Estrelado pela excelente Michelle Yeoh, o longa tem como protagonista Evelyn, uma mulher que é responsável por tudo e todos à sua volta: o pai idoso, que a abandonou na juventude, a lavanderia familiar que comanda (e que está à beira da falência), o marido e a filha.


É nesse cenário estressante que Evelyn descobre que existem outros universos e que pode viajar entre eles, encontrando diferentes versões das pessoas que conhece e também de si própria. E claro: ela será a responsável por vencer uma grande ameaça e salvar o mundo.


O tom é de comédia e fica quase impossível encontrar muita coerência em tudo o que está sendo visto, mas, ainda assim, o filme consegue fazer refletir sobre questões mais sérias, como aquela velha dúvida sobre a qual todo mundo já pensou: como seria a minha vida se eu tivesse feito escolhas diferentes?


Fiquei feliz de ver, no filme, o ator Ke Huy Quan, conhecido do grande público por dois longas marcantes dos anos 80: Indiana Jones e o Templo da Perdição e Os Goonies. A atriz Jamie Lee Curtis, como a vilã da história, também está muito divertida.


Seja na cadeira do cinema ou no sofá da sua sala, aproveite a onda asiática para se divertir e descobrir visões novas para enxergar velhas questões. Aí está algo que é, sempre, saudável!
Nota do crítico: +++++


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Uma Francesa em Duna 2

A atriz Léa Seydoux, do último filme de James Bond e de Azul é a Cor Mais Quente, é o mais novo nome confirmado na segunda parte de Duna, que chega em 2024 aos cinemas. Léa fará Lady Margot no filme, que será novamente dirigido por Denis Villeneuve. O primeiro Duna estreou em 2021, conseguiu US$ 400 milhões em todo o mundo e foi bem também na festa do Oscar 2022: foi indicado a dez estatuetas e ganhou seis delas.


Brad Pitt: Aposentadoria
O ator Brad Pitt, de 58 anos, deixou escapar que planeja se aposentar em breve. O astro de filmes como Era uma Vez em... Hollywood, de Quentin Tarantino, não se vê atuando em 2023 ou além. “Estou na última fase da minha carreira. No semestre ou trimestre final”, disse em entrevista à revista QG. Pitt ainda tem alguns filmes a estrear, como o drama Babylon e Bullet Train, da Sony.


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