Ghostwire: Tokyo, uma aventura sobrenatural é destaque para PS5 e PC

No game você deve salvar a capital japonesa de uma invasão de fantasmas e criaturas do outro mundo

Por: Stevens Standke  -  22/05/22  -  09:54
Akito é o único ser humano que resistiu à neblina que leva fantasmas e criaturas às ruas de Tóquio.
Akito é o único ser humano que resistiu à neblina que leva fantasmas e criaturas às ruas de Tóquio.   Foto: Imagem capturada no PS5

Shinji Mikami ficou conhecido mundialmente por criar a famosa franquia Resident Evil e sua variante com dinossauros, Dino Crisis. Em seguida, participou do desenvolvimento de outra série badalada: Devil May Cry. Tudo pela Capcom. Mas, quando passou a trabalhar em projetos para a Bethesda, começou a investir num horror de sobrevivência com pegada sobrenatural. Os primeiros games nessa linha foram os ótimos The Evil Within 1 e 2, que merecem ser degustados por quem curte o gênero e ainda não teve a chance de jogá-los. O novo trabalho de Mikami com vibe sobrenatural é Ghostwire: Tokyo, recém-lançado para PlayStation 5 e PC.


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Trata-se de um jogo curioso, em que dá para perceber uma certa influência do mundo insano de The Evil Within, principalmente no visual dos cenários e dos personagens. Só que, ao mesmo tempo, Ghostwire: Tokyo possui uma originalidade, em especial no seu enredo ambientado no Japão.


Nele, você controla Akito Izuki, estudante de 22 anos que se envolve em um acidente de trânsito em Tóquio, enquanto ia visitar a irmã no hospital. Ele não morre por uma questão de segundos, pois, quando está perto de migrar para o outro plano, tem seu corpo invadido pelo espírito de um homem chamado KK, que, além de manter Akito vivo, concede poderes e habilidades especiais para ele.


A partir daí, os dois passam a dividir o mesmo corpo e trabalham em conjunto para salvar a cidade do plano maligno de Hannya, figura mascarada enigmática que convoca criaturas e fantasmas típicos do folclore nipônico para invadir e dominar a cidade. Com isso, as ruas de Tóquio são tomadas por uma neblina que faz com que a população desapareça e que ainda se mostra capaz de matar Akito. A saída, então, é procurar os templos distribuídos pela capital japonesa para purificar cada uma de suas áreas e, aos poucos, trazer a normalidade de volta.


Mas o que Akito não espera é que Hannya rapte sua irmã. Para surpresa do estudante, ela tem papel fundamental na estratégia do vilão, o que aumenta a motivação do rapaz para seguir lutando.


Campanha e gráficos
Ghostwire: Tokyo foca na campanha principal, portanto não espere um multiplayer e outros recursos on-line. No que se refere aos gráficos, ele explora bem o potencial de processamento do PS5, com texturas e efeitos de iluminação bem bonitos. Mas, em alguns momentos, fica a impressão de que o visual poderia ser ainda melhor. Em resumo, é um game que vale a pena, só que está longe de ser o trabalho mais primoroso de Shinji Mikami.


A fusão com KK concede a Akito habilidades baseadas nos elementais. A cada fim de etapa, você enfrenta um chefe monstruoso.
A fusão com KK concede a Akito habilidades baseadas nos elementais. A cada fim de etapa, você enfrenta um chefe monstruoso.   Foto: Imagem capturada no PS5

Jogabilidade com toque próprio
Outro aspecto que contribui para a originalidade de Ghostwire: Tokyo é a sua jogabilidade. As habilidades de Akito, por exemplo, se baseiam nos elementais (fogo, água, vento...) e, para complementar os seus ataques, pode-se utilizar um arco e flecha e acessórios “mágicos”.


As características do personagem devem ser administradas e ampliadas em menus semelhantes aos de um RPG. Há até comidas para melhorar o rendimento de Akito e você vai coletando almas que, quando inseridas nos orelhões das ruas de Tóquio, ajudam o rapaz a subir de nível.


Merece destaque o ritual de purificação dos templos e, consequentemente, dos bairros da capital japonesa. Nesse caso e na coleta de almas, você precisa executar comandos que saem do lugar-comum e que exploram muito bem o potencial do controle do PS5.


Apesar de contar com um mundo aberto, com várias missões secundárias, o game segue fluxo um tanto quanto linear, com chefes para enfrentar ao fim de cada etapa. O jogo também pede uma dose de paciência, porque seu enredo demora para esquentar e realmente conquistar.


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