Malhar é necessário em qualquer idade

Para o corpo funcionar bem e produzir saúde na terceira idade, a dica é praticar algum exercício físico

Por: Tatiane Calixto & Da Redação &  -  30/03/19  -  13:09
Idosos se reúnem para praticar atividades físicas em Santos
Idosos se reúnem para praticar atividades físicas em Santos   Foto: Carlos Nogueira/AT

O corpo humano é uma engrenagem complexa e o tempo pode ser um fator que, vez ou outra, faz uma peça aqui e outra ali emperrar. Às vezes, até um pouco mais do que isso. Mas uma das principais ferramentas que podem ajudar a nossa máquina a funcionar bem, principalmente depois dos 60 anos, é o exercício físico. Portanto, a dica é: mexa-se.


Engana-se quem acredita que os benefícios da atividade física regular são conquistados apenas pelos jovens. Ou só eles podem dar-se ao luxo de ter uma rotina de exercícios diários. Pelo contrário. Na terceira idade, exercitar-se é fundamental e é possível ter ganhos diversos com isso. 


Tanto que a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que atividades leves e moderadas podem ajudar a retardar o declínio físico e mental. Além disso, também servem como uma barreira para deixar longe a depressão e a demência.


“A atividade física para o idoso é hoje uma das principais ações relacionadas à qualidade de vida. Com ela, é possível minimizar algumas perdas características da idade, como a de massa muscular, por exemplo”, afirma João Paulo Botero, professor associado do departamento de Ciências do Movimento Humano, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


Processo natural


Essa perda tem um nome: sarcopenia. É a junção dos termos, em grego, sarx, que quer dizer músculo, e penia, perda. No fim das contas, é o processo natural de perda progressiva da massa muscular, que acontece com o envelhecimento. A sarcopenia leva a um corpo mais frágil, com pouca força e menor funcionalidade. Assim, os riscos de quedas e fraturas tornam-se maiores. 


Depois dos 50 anos, de forma geral, o corpo passa a perder de 1% a 2% de músculos por ano. E é aí que voltamos para o começo deste texto. Além da baixa ingestão de proteína e doenças crônicas, o sedentarismo piora esse quadro.


Benefício geral


Vários trabalhos científicos falam sobre os benefícios da atividade física principalmente para os idosos, afirma o doutor em Cardiologia e especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte, Nabil Ghorayeb. O coração sempre foi visto como o principal beneficiado. No entanto, pesquisas mais recentes já mostram que todo o corpo ganha com a atividade física, explica o médico.


“O coração, sim, mas também os pulmões, os ossos, o cérebro. Estudos já mostraram, inclusive, que o exercício físico melhora as atividades cerebrais”, afirma Ghorayeb que também é responsável pelo setor de Cardiologia do Esporte do Hospital Dante Pazzanese e do HCor.


 


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