Watch Dogs: Legion retoma série de jogos da Ubisoft com vigor; leia a análise

No game, a população de Londres deve se unir para evitar grave crise. E dá para jogar com qualquer pessoa

Por: Stevens Standke  -  22/11/20  -  13:26
  Foto: Foto Divulgação

Depois de o segundo jogo da série não cair nas graças da crítica e do público, Watch Dogs: Legion tem a missão de resgatar o brilho, a qualidade que marcou o primeiro game da franquia da Ubisoft, lançado em 2014 – e que faz parte do pacote mais completo de Legion. Disponível para PS4, PS5, Xbox One e Series, PC e Stadia, o novo título leva a história do grupo de hackers DedSec para o próximo nível, de uma maneira satisfatória e à altura do primeiro Watch Dogs. Mas fica a dica: o jogo inicia bem, dá uma esfriada e, aos poucos, vai engatando e conquistando.


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Os temas centrais da série continuam sendo tecnologia, privacidade, liberdade, igualdade, poder corporativo e justiça social, econômica e política. A diferença é que Watch Dogs: Legion, apesar de seu enredo de ficção, traz uma mensagem que se mostra útil para o mundo atual, como define o diretor criativo do game, Clint Hocking: “Nosso futuro vai depender de uma ação coletiva e se nós vamos nos manter unidos”. Faz todo o sentido, não é mesmo?


No jogo, você deve recriar o grupo DedSec e enfrentar o vilão Zero-Day
No jogo, você deve recriar o grupo DedSec e enfrentar o vilão Zero-Day   Foto: Foto Captura PS4

Agora, levando isso para o contexto do jogo, tudo começa com Dalton Wolfe, agente secreto e membro do DedSec, tentando evitar uma sucessão de ataques terroristas a Londres. Nessa espécie de prelúdio, parece que o carismático personagem será o protagonista do game, só que os planos não saem como o esperado e há uma grande reviravolta: a capital inglesa registra várias explosões e mortes – entre elas a de Wolfe – e você conhece Zero-Day, líder mascarado da organização responsável pelos ataques à cidade, que consegue fazer com que a população pense que o DedSec é culpado pela tragédia inteira.


A partir desse momento, Londres se vê em um regime de opressão e medo, encabeçado pela corporação militar privada Albion, de Nigel Cass. Com o tempo, o DedSec, que estava inativo, ensaia seu retorno: remotamente, com auxílio da inteligência artificial Bagley, a estilosa Sabine Brandt decide não só remontar o grupo como criar um verdadeiro movimento de resistência, para que Londres não entre em colapso.


Sabine é a única sobrevivente do DedSec e escala membros da resistência
Sabine é a única sobrevivente do DedSec e escala membros da resistência   Foto: Foto Captura PS4

Aí vem a tal da “ação coletiva”, citada por Clint Hocking, pois, ao contrário do que se imagina, você não vai controlar Sabine. A dinâmica de Watch Dogs: Legion, como o próprio nome do game indica, é recrutar agentes pelas ruas londrinas e formar a legião de resistência do DedSec. Com essas pessoas de perfis totalmente distintos – que podem ser alternadas a qualquer instante, ainda mais quando uma delas vai presa –, deve-se concluir as missões e avançar no mundo aberto do jogo.


A princípio, você desenha do zero o primeiro membro do novo DedSec. Os próximos integrantes do grupo são pessoas que estão pela cidade. Logo, dá para jogar com qualquer habitante ou visitante da capital inglesa, o que explica o cuidado que a equipe de desenvolvedores teve ao construir um passado para cada um dos avatares que surgem na tela. E o melhor: dá para personalizar esses personagens no QG do DedSec ou em pontos indicados no mapa.


Você vai curtir belos gráficos e reproduções de Londres ao longo das missões
Você vai curtir belos gráficos e reproduções de Londres ao longo das missões   Foto: Foto Captura PS4

Defina a sua estratégia


O modo como as missões obrigatórias e secundárias serão concluídas depende apenas de você. É possível chamar a atenção dos policiais e drones de monitoramento de Londres roubando carros e agindo com a arma em punho ou, então, adotar uma tática mais furtiva – ou mesmo híbrida. Afinal, um dos recursos mais legais é hackear câmeras e demais equipamentos para acessar prédios, obter informações etc.


Outro aspecto curioso de Watch Dogs: Legion é a forma como o mapa do seu mundo aberto está dividida: ao longo do game, você vai explorar a região metropolitana de Londres. São ao todo oito áreas, incluindo Westminster, Camden, Nine Elms, Lambeth, Southwark, Islington & Hackney, Tower Hamlets e a cidade de Londres.


No decorrer das missões, o nível de revolta de cada localidade vai aumentando e é preciso administrar outros grupos que aparecem para complicar ainda mais a situação. O clã Kelley e o restante do crime organizado londrino fazem parte dessa lista.


Dá para explorar as ruas londrinas com vários tipos diferentes de carro
Dá para explorar as ruas londrinas com vários tipos diferentes de carro   Foto: Foto Captura PS4

Multiplayer em dezembro


Com legendas em português e áudio em inglês, Watch Dogs: Legion tem belos gráficos. E de maneira gradual vai ganhar conteúdos adicionais.


Um deles é o multiplayer, que irá entrar no ar em 3 de dezembro e funcionar como um stand-alone (como se fosse um jogo à parte, independente, no entanto baseado na campanha). Ele vai suportar equipes de duas a quatro pessoas e oferecer missões inéditas e supercooperativas.


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