Você sabe cuidar de um pet idoso? Especialistas indicam cuidados

Cada espécie e raça tem seu ritmo próprio de envelhecimento. Mas todos podem contar com a prevenção, para se prolongar a qualidade de vida

Por: Sheila Almeida  -  15/11/20  -  16:01
  Foto: Adobe Stock

É difícil pensar a respeito, mas nossos pets envelhecem. Porém, enquanto muito se fala da nossa melhor idade, pouco se prepara os animais para essa fase. E eles também precisam de cuidados especiais, visando qualidade de vida.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal, GloboPlay grátis e descontos em dezenas de lojas, restaurantes e serviços!


Cada raça tem o seu tempo de entrada na fase senil. Nos cães, as maiores atingem a velhice por volta de seus 7 ou 8 anos, enquanto as menores, a partir dos 10 anos. Nos gatos, se costuma chamar de idoso o animal a partir dos 10 anos. Mas, de acordo com a diretriz da Associação Americana de Prática Felina, a fase compreende dos 11 aos 14 anos. A partir dos 15, eles são chamados de geriátricos. Afinal, a expectativa de vida do gato é maior: em torno de 15 anos, apesar de o Guinness Book já ter registrado um bichinho de 38 anos.


A médica-veterinária Lara Volpe explica que mudar a alimentação quando o pet entra na fase idosa garante uma saúde mais estável e forte. “Os nutrientes que cães e gatos precisam são os mesmos em todas as fases da vida, no entanto pode ocorrer a necessidade de uma mudança na quantidade, como no caso das proteínas. Na senilidade, eles sofrem um processo denominado sarcopenia, quando ocorre perda de massa muscular. Por isso é importante fornecer proteínas de alta qualidade em quantidade adequada nessa fase da vida, prevenindo assim a perda muscular associada à idade”, observa.


Alessandra Silva Gonçalves, médica-veterinária especializada em gatos, lembra que, por outro lado, os problemas renais são comuns nos felinos. Então, às vezes é preciso dar uma ração adequada. 


Entre outras doenças comuns na terceira idade deles estão diabetes, hipertensão, hipertireoidismo, problemas renais, bucais e na bexiga, doenças articulares degenerativas e disfunção cognitiva.


Lara orienta que os tutores prefiram alimentos que ofereçam antioxidantes. “Pois colaboram no combate aos radicais livres, os quais são responsáveis por danos às células que podem levar a doenças degenerativas. A vitamina E, o chá verde e a cúrcuma são exemplos do que se insere nas dietas”.


Além disso, protetores das articulações, como o colágeno, são importantes, assim como fibras e prebióticos, para se obter o equilíbrio da macrobiota e a regulação do trânsito intestinal.


As duas especialistas lembram que não há uma receita que valha para todos os animais. O melhor é levar o pet regularmente a um veterinário de confiança, ao menos duas vezes no ano, para check-ups.


“Mas, de todas as dicas, talvez a mais importante seja esta: tenha paciência. Cuidar de um bichinho idoso requer dedicação. No final das contas, todo o esforço vai valer a pena”, conclui Lara.


Logo A Tribuna
Newsletter