Veja o que levar em conta para comprar um bom smartphone sem gastar muito

Dá para ter um celular potente investindo, em média, R$ 1.500, garante especialista

Por: Stevens Standke  -  21/04/20  -  14:56
Antes de qualquer coisa, analise a capacidade de armazenamento, bateria e a câmera do aparelho
Antes de qualquer coisa, analise a capacidade de armazenamento, bateria e a câmera do aparelho   Foto: Adobe Stock

Cada vez mais aumenta a variedade de modelos de smartphones disponíveis no mercado, nas mais diferentes faixas de preço, de modo que você não precisa necessariamente comprar o aparelho mais top para ter em mãos um celular robusto, potente.


E é natural que, com tantas opções existentes, bata aquela dúvida de qual produto escolher, para ter as suas necessidades realmente atendidas, sem gastar demais – considerando que o tempo médio de vida útil de um smartphone, hoje em dia, é de um ano e meio a dois anos, como aponta o santista Renato Citrini, gerente sênior de produto da divisão de dispositivos móveis da Samsung Brasil.


Para que sua decisão garanta um bom custo-benefício, ou seja, uma performance satisfatória não só nas atividades rotineiras (utilizar o WhatsApp, acessar os e-mails e as redes sociais etc.) como também na maioria das situações, não deixe de analisar as três características a seguir:


1 - Capacidade de armazenamento. A memória existente para instalar aplicativos e jogos, guardar as fotos e os vídeos que produzimos e assim por diante faz a maior diferença. Se ela se tornar insuficiente, além de você não conseguir instalar novos programas ou atualizações do sistema e dos apps, a tendência é que o smartphone passe a ficar lento e até a travar.


Renato Citrini indica adquirir um aparelho com, pelo menos, 64GB para afastar esse tipo de inconveniente. “E quando a capacidade de armazenamento começar a ficar limitada, vale utilizar um cartão SD [de extensão da memória], pois celular é igual armário, dificilmente as pessoas querem apagar os arquivos que têm. Outro ponto positivo é que os smartphones costumam encriptar os dados do cartão de memória, o que aumenta a segurança dos arquivos, já que eles não poderão ser abertos em outros dispositivos”.


2 - Limite da bateria. Acredite se quiser: usar a rede 4G consome mais bateria do que o Wi-Fi. Segundo Citrini, as conexões bluetooth para transferência de arquivos, a execução de áudios e vídeos, a utilização de apps como Waze e Google Maps e deixar a tela do telefone ligada sem necessidade são os principais vilões da duração da bateria.


Tem mais: “a resolução da tela, dependendo de qual for, pode implicar em um maior gasto de bateria, independentemente de você ter um visor com muitas polegadas ou não. Portanto, considere reduzir a resolução da tela”.


Na hora da compra, procure dar preferência a um smartphone que tenha bateria de 4 mil a 4.500 mAh.


3 - Resolução da câmera. A quantidade de megapixels não para de crescer (tem modelo topo de linha que já passou a casa dos 100 MP). Sem falar que alguns telefones contam com até quatro câmeras traseiras e duas frontais. Aí, vem a dúvida: será que preciso disso tudo?


A quantidade de câmeras aumenta a possibilidade de fotos e vídeos diferentes e ricos tecnicamente que se pode fazer. Se você quer apenas alimentar as suas redes sociais, sem qualquer pretensão profissional, vale priorizar a boa e velha câmera principal.


Citrini diz que uma boa margem de resolução é de 12 a 16 MP. “Quanto mais megapixels você tem, mais pode dar zoom, sem deformar a imagem. Em alguns casos, a resolução da câmera permite pegar partes da mesma foto e fazer fotos diferentes a partir daquela imagem inicial”, acrescenta.


De olho no preço


Você deve estar se perguntando quanto sai mais ou menos um smartphone que preencha todos os requisitos citados acima. De acordo com Renato Citrini, aparelhos com preço na faixa de R$ 1.500 costumam ter tudo isso (e até um pouquinho mais dependendo do modelo), logo oferecem bom custo-benefício para a maioria das pessoas.


Outros requisitos


Quem quer ser minucioso pode analisar mais duas características do celular. Uma delas é a quantidade de memória RAM, que pesa bastante para se ter uma performance mais robusta – de forma que o smartphone consegue executar múltiplas funções simultaneamente sem travar ou ficar devagar. Citrini explica que o mínimo recomendado são 4GB, abaixo disso o rendimento do aparelho costuma cair consideravelmente.


A outra configuração que vale analisar é o processador do telefone. A esmagadora maioria – para não dizer praticamente todos – é octa core, o que difere os processadores, portanto, é a quantidade de GHz (frequência) que vem logo a seguir. Quanto maior ela for, melhor e mais veloz será a performance da máquina (o máximo hoje em dia são 2.8 GHz).


Detalhe: o preço do smartphone também aumenta junto com a quantidade de GHz e os modelos na faixa de R$ 1.500 já entregam resultados bem bacanas.


“Indico de 6GB de RAM para cima e um processador mais potente para gamers e para quem vai utilizar o aparelho para trabalho, para mexer em apresentações, planilhas e acessar os sistemas da empresa”, conclui Renato Citrini.


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