Técnica que ameniza aparência de olheiras, espinhas e rugas faz sucesso na região

Coloração pessoal é o nome do trabalho. Parte do visagismo, ele mostra qual a cartela de cores é ideal para cada pessoa ressaltar suas melhores características

Por: Sheila Almeida  -  17/03/20  -  00:25
Lilian, Karen e Sheyla fazem o trabalho no salão We by Shape, em Santos
Lilian, Karen e Sheyla fazem o trabalho no salão We by Shape, em Santos   Foto: Vanessa Rodrigues

Coloração pessoal. Eu já tinha ouvido falar, criei uma breve expectativa do que era, mas não fazia ideia de como exatamente funcionava a técnica – parte do visagismo – tão em alta ultimamente. O objetivo é descobrir quais cores evidenciam ou mais disfarçam características boas e ruins principalmente do rosto, como olheiras, rugas e espinhas. No geral, ela ajuda a passar melhor impressão da nossa imagem. 


As blogueiras de moda só têm falado disso. Nas propagandas, eu sempre via alguém testando a própria imagem com tecidos coloridos, para entender quais cores caíam melhor. Achei que era apenas isso – só que não! Descobri que, em Santos, há profissionais que trabalham com o assunto – custa de R$ 400 a R$ 1.200 dependendo do estudo. Fui conhecer e fiz o teste para entender o processo. 


Tudo começa com uma entrevista que traça os objetivos e características pessoais, afinal, a imagem que desejamos passar não pode conflitar com nossa essência.


No primeiro passo dessa descoberta, a visagista Sheila Indalécio, da We by Shape, tirou medidas do meu rosto. De acordo com ela, para ter noções da minha personalidade. Depois, pediu-me para escolher três formas geométricas que mais me atraíam. Na ordem, mostravam quem eu era, como as pessoas me enxergam e como queria que me vissem.


Confesso que, inicialmente, não botei muita fé. Como o formato da minha face diria como eu sou e qual a distância disso para a construção de estereótipos? Descobri que vários estudos já publicados em revistas científicas mostraram que mudanças nas dimensões do rosto transmitem a sensação de personalidades mais confiáveis, a ideia de liderança ou despertam atração. “Dependendo da cor do cabelo, corte, cor da sua roupa, você envia uma mensagem e 70% do julgamento das pessoas começam pela nossa aparência. Quando você passa a imagem que quer, aumenta a sua confiança”, explica Sheila Indalécio.


Segundo ela, a distância entre os olhos e a testa reflete nosso lado racional. Entre olhos e nariz está associada ao nosso emocional e, do nariz ao queixo, ao ritmo de vida de cada um. Os lados direito e esquerdo também contam. 


“Geralmente, pessoas com olhos grandes são mais emotivas. O nariz proeminente indica curiosidade e impetuosidade. Boca grande e lábio carnudo são sensuais e indicam extroversão, comunicabilidade e alegria. Boca pequena sinaliza temperamento introvertido. Queixo retraído, pessoas maleáveis”.


  Foto: Vanessa Rodrigues

  Foto: Vanessa Rodrigues

Coes


Karen Kabbach, formada em Moda, se aperfeiçoou em coloração pessoal. Foi a segunda pessoa que me analisou. Descobri que não basta colocar um tecido perto do rosto para saber o que fica melhor. Primeiramente, porque, para quem não tem o hábito, é difícil perceber a mudança sem comparações de fotos. Só quem está acostumado percebe como uma cor disfarça ou evidencia rugas, por exemplo. Além disso, a técnica é muito específica e leva a um resultado amplo. Mostra a melhor cartela de cores, com dicas para cabelo, maquiagem, roupas e combinações. A minha paleta perfeita é a Outono Quente.


No processo, primeiro é feita uma foto em preto e branco do rosto para entender, dentro de uma tabela, as diferenças entre os contrastes. A partir daí, entram as cores. É incrível olhar o antes e o depois. 


Por fim, é preciso que alguém entenda os resultados, proponha e faça as mudanças. A hair stylist Lilian Sampaio me atendeu e propôs, com Karen e Sheila, mechas em tom mel, formando um contraste para o meu rosto com make alaranjado. “A análise te dá segurança para compras mais assertivas e ressalta a sua beleza naturalmente, com ou sem maquiagem no dia a dia. Não é uma transformação. É uma harmonização”, destaca Lilian.



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