Olhos podem ser porta de entrada para Covid-19

Por isso, evite coçar os olhos, cuide da higiene no local e da alimentação

Por: Por Thaís Lyra  -  08/11/20  -  15:48
  Foto: Divulgação/Adobe Stock

Você sabia que o hábito de coçar os olhos pode ser até mesmo porta de entrada para a covid-19? Por isso, cuidar da saúde dos olhos é essencial e algumas medidas simples você não pode esquecer de adotar. Segundo o oftalmologista Marcos Alonso Garcia, do Unilaser Hospital Dia, uma boa higiene matinal do rosto e das mãos não pode faltar. “A alimentação saudável faz parte de qualquer recomendação de boa saúde, não é exceção para os olhos”.


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Por isso, o médico recomenda caprichar no consumo de peixes como salmão, sardinha, atum e bacalhau, que são ricos em ômega 3, ácidos graxos, vitaminas A, B, D e E, que combatem os radicais livres e podem adiar a degeneração da retina. “E o ômega 3 aumenta a capacidade de lubrificação da lágrima. Frutas e legumes de cor alaranjada têm betacaroteno, outro importante antioxidante que pode proteger sua córnea, seu cristalino e sua retina do envelhecimento”. No site a gente conta mais sobre o assunto.  


De acordo com Garcia, o cigarro é o maior vilão da visão. “Não fume e evite permanecer confinado com fumantes. O tabaco libera substâncias tóxicas que aumentam a oxidação da retina e, a longo prazo, isso compromete a irrigação, levando à formação de vasos anômalos sob a porção mais nobre da retina, conhecida como mácula. O tabagismo é o maior vilão quando se fala em degeneração macular relacionada à idade, aumentando em até 2,5 vezes a chance de desenvolver a doença. O consumo de álcool, em excesso, pode levar a danos no nervo óptico irreversíveis, ainda mais associado ao cigarro”.  


O especialista também alerta sobre o perigo de esfregar os olhos. “Embora traga algum alívio inicial, é um hábito perigoso. Trazer as mãos aos olhos aumentam a chance de contrair infecções oculares e até mesmo ser porta de entrada para a covid-19. A longo prazo, a fricção sobre a córnea pode danificar o colágeno e enfraquecer a córnea, em alguns casos induzindo doenças mais sérias, como o ceratocone (alteração no formato da córnea)”.  


Uma dúvida frequente é usar ou não colírios ou lágrimas artificiais. “Passamos muito tempo em frente a computadores, tablets e celulares e, assim, piscamos menos vezes do que o necessário. Some-se a isso o uso de ar-condicionado nos carros, casas, comércios, escritórios... O olho seco é uma das principais queixas nos consultórios”. Apesar de esses produtos serem aliados para minimizar o incômodo, Garcia diz que é importante saber qual é mais indicado para o seu problema.  


Aliás, a visita ao médico deve ser anual. A frequência das consultas de rotina é uma vez por ano. “Para as crianças em geral, a primeira consulta é desejável que se dê em idade pré-escolar. Já para as com suspeita de estrabismo, leucocoria ou baixa visual, que seja o mais rápido possível. A partir dos 40 anos, é mandatória a consulta anual com medida da pressão ocular. E para portadores de doenças crônicas, como diabetes, a gravidade da doença determina a periodicidade”. 


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