Enfeites de Natal podem ser uma armadilha para os pets

Além disso, alimentos podem causar intoxicação nos bichinhos

Por: Sheila Almeida  -  20/12/20  -  15:52
Evite enfeites de Natal para não colocar seu amiguinho em risco
Evite enfeites de Natal para não colocar seu amiguinho em risco   Foto: Adobe Stock

Faltam poucos dias para o Natal e mesmo que as famílias não se reúnam como antes será noite de uma ceia reforçada, mais distração e barulho. Nesse clima de fim de ano, muitos pets costumam sofrer acidentes dentro do próprio lar.  


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Não só por ingerirem alimentos inadequados, mas também por terem contato com itens de decoração natalina. Segundo a veterinária Adriana dos Santos, clínica geral da AmahVet, os pets são quase como crianças. É preciso ficar atento, pois o brilho de alguns itens de decoração é atraente. Eles podem ficar curiosos para encontrar – às vezes uma bolinha de Natal que o morador nem notou que tinha caído – e engolir materiais.  


“Enfeites de vidro, por exemplo, devem ser evitados, porque os animais de estimação podem ingerir os fragmentos deles em caso de quebra”, alerta a especialista, citando também atenção especial às bolinhas da árvore de Natal, que precisam estar bem presas, principalmente na casa com gatos.  


Outro item que pode ser perigoso é o pisca-pisca. Mesmo que no dia a dia os moradores fiquem em casa e as luzes se encontrem em local inacessível, na noite festiva é melhor arranjar um jeito de isolar também os fios elétricos para evitar riscos de choque e de quedas de objetos ao puxar os fios. 


A ligação entre as crianças e os animais também precisa ser monitorada. É que os pequenos costumam dar alimentos da ceia a cães ou gatos, intoxicando-os. “A uva, por exemplo, pode causar lesões renais e o caroço da cereja contém uma substância que, dentro do corpo, transforma-se em cianeto, um químico venenoso que pode causar intoxicação e prejudicar o transporte de oxigênio celular”, explica Adriana.  


No caso dos pets que se assustam facilmente com barulho, não adianta abraçar, diz Andressa Cris Felisbino, veterinária da Drogavet. “Senão, passa-se a sensação de que realmente existe um risco. Como a audição deles é quatro vezes mais potente do que a nossa, é possível ocorrer ataque cardíaco, principalmente entre os cães de idade mais avançada”.  


Como prevenção, aproveitando que ainda há alguns dias até o Natal, o tutor pode pedir para o veterinário de confiança a indicação de terapia alternativa, como calmantes manipulados, fitoterápicos ou florais. A indicação de um especialista é essencial, pois só ele pode definir a dosagem e administração correta para cada animal, lembra Andressa. 


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