Faltam poucos dias para o Natal e mesmo que as famílias não se reúnam como antes será noite de uma ceia reforçada, mais distração e barulho. Nesse clima de fim de ano, muitos pets costumam sofrer acidentes dentro do próprio lar.
Não só por ingerirem alimentos inadequados, mas também por terem contato com itens de decoração natalina. Segundo a veterinária Adriana dos Santos, clínica geral da AmahVet, os pets são quase como crianças. É preciso ficar atento, pois o brilho de alguns itens de decoração é atraente. Eles podem ficar curiosos para encontrar – às vezes uma bolinha de Natal que o morador nem notou que tinha caído – e engolir materiais.
“Enfeites de vidro, por exemplo, devem ser evitados, porque os animais de estimação podem ingerir os fragmentos deles em caso de quebra”, alerta a especialista, citando também atenção especial às bolinhas da árvore de Natal, que precisam estar bem presas, principalmente na casa com gatos.
Outro item que pode ser perigoso é o pisca-pisca. Mesmo que no dia a dia os moradores fiquem em casa e as luzes se encontrem em local inacessível, na noite festiva é melhor arranjar um jeito de isolar também os fios elétricos para evitar riscos de choque e de quedas de objetos ao puxar os fios.
A ligação entre as crianças e os animais também precisa ser monitorada. É que os pequenos costumam dar alimentos da ceia a cães ou gatos, intoxicando-os. “A uva, por exemplo, pode causar lesões renais e o caroço da cereja contém uma substância que, dentro do corpo, transforma-se em cianeto, um químico venenoso que pode causar intoxicação e prejudicar o transporte de oxigênio celular”, explica Adriana.
No caso dos pets que se assustam facilmente com barulho, não adianta abraçar, diz Andressa Cris Felisbino, veterinária da Drogavet. “Senão, passa-se a sensação de que realmente existe um risco. Como a audição deles é quatro vezes mais potente do que a nossa, é possível ocorrer ataque cardíaco, principalmente entre os cães de idade mais avançada”.
Como prevenção, aproveitando que ainda há alguns dias até o Natal, o tutor pode pedir para o veterinário de confiança a indicação de terapia alternativa, como calmantes manipulados, fitoterápicos ou florais. A indicação de um especialista é essencial, pois só ele pode definir a dosagem e administração correta para cada animal, lembra Andressa.