Em tempos de quarentena, confira cinco dicas para fazer o seu pet beber mais água

Com menos passeios e, portanto, menos atividades físicas, muitos cães e gatos têm bebido menos água. Veja como cuidar da saúde e prevenir problemas do bichinho de estimação

Por: Sheila Almeida  -  19/04/20  -  14:23
Gelo ou petiscos dentro da tigela podem ser atrativos para os pets
Gelo ou petiscos dentro da tigela podem ser atrativos para os pets   Foto: Divulgação Adobe Stotock

Passear ao ar livre com o cachorro deixou de ser uma rotina diária para muitas famílias. Até as voltinhas ou sumiços de alguns gatos foram cortadas para evitar problemas durante o período de isolamento social para proteção da Covid-19. Só que esse hábito – ou a suspensão repentina dele – não está fazendo falta só à animação dos animais. Para muitos bichinhos, esse era o principal exercício do dia. E com a falta dele, muitos pets estão bebendo menos água.


Segundo veterinários, assim como acontece com nós, humanos, os animais também sentem mais sede após as atividades físicas ou quando faz mais calor. Junto à nova rotina imposta pelo distanciamento social, a mudança recente de temperatura acaba afligindo muitos tutores. Mas nem sempre há razão para se preocupar, diz Guilherme Sellera Godoy Challoub, patologista veterinário e professor mestre da São Judas – Campus Unimonte. 


“Quando o cachorro sai para passear, já é um momento de agitação e, por isso, ele bebe mais água. Sem esse estímulo, o próprio organismo se adapta à nova necessidade, e o animal pode realmente começar a beber menos água. Só que isso não quer dizer que ele vai ter algum problema. Apenas é preciso ficar atento para saber se o pet continua fazendo xixi normalmente. Deve-se observar a cor da urina dele”, explica o especialista. 


A veterinária Viviane Mendes alerta que, por outro lado, há risco de desidratação e problemas renais caso a falta de ingestão de água seja séria. Mas é preciso lembrar, agora que os tutores estão em casa e podem prestar mais atenção no comportamento dos pets, que os bichinhos não precisam de tanta água como a gente. “Um cachorro, por exemplo, deve ingerir 30ml de água, por dia, para cada meio quilo do seu peso. Ou seja, um cão adulto de dez quilos deve beber, em média, 600ml diariamente”.


Guilherme Challoub ressalta, no entanto, que os animais que estão acostumados com uma dieta natural normalmente consomem menos água, já que a ração é mais seca e o alimento natural ou cozido contém líquidos.


Para aqueles que diminuíram drasticamente a ingestão de água, Viviane Mendes ensina que brincar em casa já é um exercício e pode ajudar. A seguir, confira outras dicas dos profissionais para evitar a desidratação e problemas renais.


1 - Troque mais o potinho. A água fresca é sempre mais gostosa. A curiosidade de ver o tutor mexer no potinho mais vezes ao longo do dia pode estimular o animal.


2 - Coloque gelo. Alguns bichinhos ficam curiosos quando há pedrinhas de gelo na água e gostam de brincar com elas. Outro recurso: petiscos congelados também os atraem. Ensine a brincadeira ao pet e, depois, leve os cubos para a água.


3 - Distribua água pela casa. Alguns animais podem ter preguiça de levantar para beber água. Deixar as vasilhas onde eles costumam brincar ajuda.


4 - Use um bebedouro automático. Principalmente os gatos adoram fontes, mas os cães também podem gostar. Além disso, a água fica fresca por mais tempo.


5 - Dê alimentos úmidos. Caso ainda assim fique difícil, invista em sachês. Gatos e cães os amam. Aos acostumados com a alimentação natural, outra opção é acrescentar mais água, bater os ingredientes que o pet come e transformar tudo em sopa ou em uma papinha - não quente, mas morna.


Se, mesmo assim, o cão ou o gato não beber água ou apresentar urina muito mais escura, inclusive com a mudança na sua alimentação, o ideal é procurar um veterinário, diz Guilherme Challoub. “É bem importante ressaltar que não adianta dar medicação em casa, nem botar mais sal na comida para causar sede ou procurar dicas na internet. Mudanças drásticas na quantidade de urina e na coloração podem indicar doenças de várias origens, desde cálculos urinários até problemas hormonais, como diabetes. Tem que ir ao veterinário”.


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