Dermatite Atópica: conheça a doença genética que causa coceira no cão

Manter controle de pulgas, carrapatos e uma alimentação adequada pode aliviar o quadro de crise

Por: Daniela Paulino  -  15/07/19  -  18:05
Código de Posturas proíbe domesticar cães de grande porte em apartamentos
Código de Posturas proíbe domesticar cães de grande porte em apartamentos   Foto: Divulgação

Se o seu cachorro se coça demais, procure um veterinário: ele pode ter dermatite atópica, doença de pele de ordem genética, que causa coceira constante. As raças mais propensas a ter esse problema são buldogue inglês, buldogue francês, west highland white terrier, yorkshire terrier, lhasa apso, shih tzu, pastor alemão, golden retriever e labrador retriever. A doença não tem cura, mas tem controle.


Os animais doentes apresentam alterações na barreira da pele, deixando-a mais desidratada e susceptível a infecções. “Esses animais também desenvolvem reação alérgica e hiperatividade do sistema imunológico frente a ácaros, pólens, bolores e fungos do ambiente, hipersensibilidade a bactérias e leveduras que fazem parte da microbiota normal da pele”, explica a veterinária Camila Domingues de Oliveira.


Sintomas


Em cada animal, as crises podem ser desencadeadas por diferentes tipos de alérgenos, mas os sintomas serão os mesmos: coceira constante, crônica, normalmente de moderada a intensa, otites frequentes, lambedura das patas, inflamação e vermelhidão na pele e mais susceptibilidade a infecções por fungos e bactérias. Por ser uma doença de ordem genética, não há como prevenir. “Por isso, o uso de animais com dermatite atópica para reprodução é desaconselhado. É necessário controle de pulgas e carrapatos, alimentação adequada e orientações quanto ao ambiente a fim de evitar que o animal entre em crise”, alerta Camila.


Tratamento


Medicamentos para controlar os sintomas são administrados para uma melhor qualidade de vida do bichinho. “O tratamento também visa restaurar a função de barreira da pele, usando xampus que hidratam a pele. Na dieta, é importante fornecer uma alimentação rica em ácidos graxos ou suplementação com ômegas”, finaliza a veterinária.


Obesidade: Cuidado como peso do seu bichinho


A obesidade é um problema global de saúde pública e não atinge somente humanos. A rotina dos tutores influencia diretamente a vida de seus animais de estimação. E nunca é tarde para colocar em prática aquele desejo de uma vida mais saudável, com alimentação balanceada e atividades físicas regulares, tendo a companhia do pet. Um recente estudo, da Universidade de Liverpool, aponta que cães acima do peso podem ter as suas vidas reduzidas em mais de dois anos. Outro levantamento, da Mars Petcare, mostra que 54% dos tutores de cães e gatos sempre, ou frequentemente, alimentam os pets se eles pedem. E 22% dos tutores alimentam em excesso seus animais para mantê-los felizes. Já estudo do Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal WALTHAM constatou que 59% dos cães e 52% dos gatos em todo o mundo estão acima do peso.


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