Consultórios odontológicos adotam medidas mais rígidas de higiene

Um aprendizado que a pandemia certamente deixará é a importância de triplicar os cuidados com a higiene. Todo mundo, a partir aos protocolos de limpeza e desinfecção, principalmente quem trabalha na área da saúde, como é o caso dos dentistas.  

Esses profissionais montaram estruturas de segurança para garantir a saúde deles e dos pacientes. Rose Marques, da Estética Dental, em Santos, e José Marcio Amaral, do Instituto Implante Vida, acreditam que é fundamental manter protocolos bem rigorosos nesse sentido.  

Na clínica de Amaral, em Santos, por exemplo, há medição da temperatura a distância, seguida pela higienização das mãos com álcool em gel, dos sapatos com ácido peracético e colocação de protetores para calçados (Pro-pés), touca, máscara, óculos e plástico para o celular. “Aperfeiçoamos os processos de biossegurança de modo geral para funcionários, dentistas, estrutura e pacientes”.  

Rose explica que, na sua clínica, na entrada principal, funcionários e pacientes passam por um túnel de desinfecção com quaternário de amônia, com grande ação desinfetante. Todas as pessoas que entram na clínica têm a temperatura verificada também.  

“O túnel bactericida e virucida faz a desinfecção do paciente dos pés à cabeça, além das roupas, bolsa, telefone celular e sapatos. Colocamos também álcool em gel em todos os ambientes. Além disso, damos ao paciente um jaleco e a pessoa põe sobre ele uma capa de chuva descartável”, detalha.  

Na hora do atendimento, as medidas de proteção continuam. Rose criou, projetou e fabricou câmara de proteção contra as gotículas que voam do spray do motorzinho usado por dentistas. “Ela é feita de tubo PVC revestido de acetato”. Os cuidados ainda incluem: os pacientes fazendo bochechos com água oxigenada antes de cada atendimento. “Estamos espaçando as consultas e mantendo uma distância segura nas poltronas da recepção, pois o consultório é bem amplo. Todos que chegam respondem perguntas relacionadas com a covid-19.  Fomos treinadas pela enfermeira Maria Antonieta Velasco sobre o uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPIs)”.  

Ainda mais rigor 

“Como somos uma clínica certificada pelo ISO 9001, já tínhamos processos rigorosos de biossegurança. Mas ainda assim houve uma adaptação”, diz Amaral.  

Outra coisa que ele ressalta é o sistema de exaustão. “Que permite a troca de ar, mesmo com as janelas fechadas e com o ar-condicionado ligado”. A sala de espera também foi ampliada. “Nas salas clínicas, além da higienização habitual, agora utilizamos luminárias com luz UV, desinfecção dos equipamentos com jato de ácido peracético e intervalos entre os atendimentos”.  

“Os pacientes agendados recebem um questionário com três perguntas via WhatsApp e, nesse momento, orientamos a não trazer acompanhantes, chegar no horário sem antecedência ou atraso”.  

Outra mudança foi a retirada da máquina de café e água – por conta do alto contato com as mãos. “Dentistas e técnicos bucais têm uma paramentação parecida com a usada em cirurgias, que consiste em máscara, protetor facial, luvas e avental descartável. Ao final do atendimento, a sala é desinfetada com ácido peracético nos equipamentos, desinfectante para cuspideira e colocamos protetores plásticos nos equipamentos, além do intervalo até o próximo atendimento”, finaliza Amaral.