Cães e gatos também precisam de filtro solar; entenda

Pets sofrem os mesmos efeitos nocivos do sol. Eles também podem ter câncer de pele. Animais de pelagem clara são os que precisam de mais proteção

Por: Sheila Almeida  -  13/01/20  -  18:10
  Foto: Getty Images

Com o aumento da expectativa de vida dos animais domésticos, doenças que no passado não preocupavam hoje são realidade e exigem cuidados. O câncer de pele, por exemplo, é o segundo tipo de câncer mais incidente em cães e gatos. A doença pode ser evitada com o uso de filtro solar, cuidado essencial ainda mais no verão.


Todos os cães e gatos deveriam utilizar protetor. Segundo Renato Capelo Saibun, médico dermatólogo veterinário, principalmente os animais de pelos brancos precisam de proteção. As partes de pelagem baixa, como pontas de orelhas, focinho e barriga pedem especial atenção. “Os animais de pelo branco têm chance um pouco maior de apresentar problema, então, neles, a gente passa também no pelo.


Já, no focinho, não precisa ter medo de passar na pontinha do nariz, que é local onde aparece a maior parte dos carcinomas, principalmente em gatos que gostam de ficar muito no telhado ou muro tomando sol”. Na teoria, segundo o veterinário, o correto seria repassar o filtro solar a cada duas horas, diariamente. Mas, como nem sempre isso é fácil, a indicação consiste em proteger o bichinho quantas vezes for possível. Outro cuidado que pode ser adotado é utilizar roupinhas com proteção ultravioleta. Elas protegem os cães das queimaduras de sol principalmente nas regiões da coluna e da barriga. De resto, os cuidados devem ser os mesmos que os nossos, como dar preferência a locais com sombra e evitar a exposição solar entre 10h e 16h.


Mesmo os cães e gatos de pelagem robusta precisam ser protegidos. Além das áreas já indicadas, é importante afastar os pelos nas costas e passar nas linhas que se formam na pele. “A gente não deixa uma pasta de protetor em cima. Tem que esfregar até sumir o produto”, ensina o veterinário.


Mariana Vasques, médica- veterinária especializada em dermatologia veterinária, explica que, geralmente, o calor também traz outros problemas, como as irritações e coceiras. “Com o calor, os pets tendem a se coçar mais e ficar com a pele irritada. Mas não é por causa do suor, até porque os cães não transpiram como nós. A troca de calor deles acontece pelas patinhas. Daí a preocupação em também não levá-los para passear no horário em que o sol está forte”, explica ela. Para alguns animais e certas raças, segundo Mariana, é indicada uma tosa mais baixa. “Mas não pode esquecer: pelo curto é igual a ainda mais cuidado com o protetor solar”, indica, lembrando também dos banhos. “É preciso atenção em relação à temperatura. Deve ser mais fresca e o secador, menos quente”.


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