Azul, cor que combina com a casa toda

Na Decoração, os tons de azul dão tranquilidade

Por: Por Thaís Lyra  -  04/04/21  -  17:38
Azul bic no projeto de Fabiana e Patrícia
Azul bic no projeto de Fabiana e Patrícia   Foto: Foto divulgação/Rafael Renzo

Tranquilidade, harmonia, comunicação, sociabilidade, relaxamento, proteção, fé e espiritualidade sãos as principais características do azul, uma tonalidade que saiu dos quartos e ganhou a casa toda. Além desses vários pontos positivos, é um tom democrático e que ainda conversa com diversas cores e tem tudo a ver com o estilo caiçara.


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“O azul é um tom bastante democrático, que entra muito bem em várias combinações, desde o escuro ao mais claro, intenso ou suave. Ele pode estar em projetos mais descontraídos e até nos mais sérios, clássicos.


Desde o banheiro, passando pelo living até a cozinha. Tudo varia de acordo com o estilo de cada cliente”, garante a arquiteta Fabiana Silveira.


A profissional, ao lado da também arquiteta Patrícia de Palma, é responsável pelo projeto de sala que ilustra esta página. “Quando iniciamos a criação desse trabalho, o primeiro passo foi partir de um desejo do cliente, que queria que a casa tivesse um sofá com aquele tom de azul. A partir daí, começamos a moldar as composições que faríamos em cima dessa tonalidade”, conta Patrícia.


“Como gostamos muito de utilizar essa cor, sugerimos um tom de azul mais forte, o azul bic, que fosse o destaque da casa toda, começando pelo quarto do casal e seguindo para a sala, na porta e parede, formando um painel, que ocultasse as portas, para que não ficasse aquele padrão de apartamento pequeno, com uma porta ao lado da outra”, acrescenta Fabiana.


Estilo e personalidade
Para a arquiteta Isabella Nalon, decorar um ambiente não está limitado a escolher o mobiliário e os objetos que irão compor o cenário. Antes disso, é preciso se atentar à base de tudo: as cores.
“Esse elemento tão importante fala muito sobre a personalidade das pessoas e os sentimentos transmitidos em cada cômodo. Por isso, as cores são fortes aliadas na hora de mudar a energia e até revitalizar um espaço”.


Como se sabe, cada tonalidade possui um significado distinto, que pode ser intensificado ou amenizado dependendo das combinações e posições em que é colocada. Antes de realizar a decisão final, vale se fazer uma pergunta: existe um tom certo para cada ambiente? “Eu diria que não. Na realidade, o que existe é o que a pessoa precisa e busca. O que faz ela se sentir bem? O que está faltando na vida dela? E dentro disso, buscar a cor que vai atender melhor os seus propósitos”.
Como lembra Isabella, o azul agrega frescor e leveza ao espaço, estando associado à capacidade de acalmar e relaxar. Ele permite, inclusive, usos diversos, como o escolhido para a varanda nas duas fotos à direita, que misturou a madeira de demolição com mobiliários e eletrodomésticos azul-bebê.


Na opinião da arquiteta Cristiane Schiavoni, o tom ajuda a construir os chamados projetos com afeto, tanto que pode ser escolhido para deixar a cozinha cheia de memórias dos clientes. “Na cozinha (da foto à esquerda), a proposta era fazer com que os moradores se sentissem em casa. Para isso, identifiquei o gosto em comum pelo retrô e abusei do azul, tom que já era bastante usado pelos clientes”.
Círculo cromático
Depois de desvendar o significado de cada tom dentro da decoração e escolher os que mais irão funcionar em determinado ambiente, o próximo passo é saber harmonizar tudo. Para um melhor resultado, o ideal é trabalhar utilizando o círculo cromático.
Ele apresenta 12 cores diferentes lado a lado, sendo dividido seguindo as tonalidades. As primárias dão origem a todas as outras; são elas: vermelho, amarelo e o azul. A mistura entre elas resulta nas secundárias: laranja, verde e roxo. Já as seis terciárias nascem da composição das duas anteriores.


Nesse sentido, há ainda os tons quentes (vermelho, amarelo, laranja e rosa) e os frios (azul, verde e roxo). Os neutros (branco, preto e cinza) podem servir de base para as combinações.
“Ao utilizar uma cor primária e outras duas vizinhas, ou seja, listadas em sequência no círculo cromático, temos a combinação análoga”, explica Isabella Nalon. Uma delas vai sempre dominar no cenário, não existindo contraste.


As combinações complementares ocorrem quando duas cores opostas no círculo são associadas. Nessa hora, é interessante misturar tons frios e quentes.


“Como eles chamam muita atenção, recomendo eleger um deles como destaque. Desse modo, um será dominante e os outros ficarão com o poder de ressaltar detalhes”, ensina Isabella.


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